Recolho, traduzo e colo de A las Barricadas este artigo assinado por Acratosaurio rex:
Falando da dominaçom, há gente que pensa que as cousas nom som “si” ou “nom”, que há zonas de “talvez”… Eu nom crio isso. A dominaçom estabelece dualidades em termos de “branco” ou “negro”. Isso implica umha divisom entre pessoas, umha separaçom, um espaço definido, um comportamento associado para cada qual. Pensemos –como por casualidade– na dominaçom masculina (1).
Construir a feminidade leva desde o nascemento umha aprendizagem: cores, jogos, atitudes tais como sorrir, desviar a mirada, aceitar as interrupçons dos homes, nom abrir as pernas, esconder a barriga, ressaltar e tapar o busto… O território feminino é limitado ás zonas seguras como o fogar, o báirro ou a franja horária, que as confina num cercado invisível pero nom menos real que um cortelho. O movemento é, nom só circunscrito, se nom tamém condicionado pola própria vestimenta: a saia, o escote e os tacons obrigam a fazer contorçons circenses se se quer recolher algo do chão, se te queres sentar ou se queres correr; ou o bolso, que mantém as mans constantemente ocupadas. Todas estas atividades, e mil mais que foram prolixamente descritas, tenhem um profundo sentido moral, inscrevem na pessoa o que está bem, e o que está mal. Som atitudes que se propagam sem nem sequer ter que adoutrinar á vítima: assume-as. Passos curtos, mans afeitadas e posiçons forçadas, fronte ás masculinas, mais relaxadas, que permitem as pernas abertas e colocar os pês sobre a mesa, cousa inimaxinável numha mulher com saia, a nom ser que esteja a ocorrer algo insólito.
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