Recolho (e traduzo) a informaçom de Jose Blanco Burgos, uma das pessoas que vam ser julgadas:
No vindouro dia 5 de setembro julgam-me a mim e 19 compas mais dol SAT (Sindicato Andaluz de Trabalhadoras), pola denúncia da pobreza em Andalucía no 2012, pedem-nos mais de 30 anos de cárcere.
Naquele vrão Andalucía estava a ser golpeada ferozmente pola crise e os médios de comunicaçom só falavam da suba ou baixada da prima de risco.
Nossa indignaçom estoupou e souvemos dar um golpe na mesa para pôr o sufrimento da gente na agenda política.
A açom consistira em quitar uma punhada de carros de comida de primeira necessidade, num supermercado de Mercadona sem paga-los para entregar-lhos a famílias que estavam passando fame fisica na Andalucía.
“Atentamos” contra dois dos principais piares do Capitalismo (propriedade privada e capital), figemos-lhes muito dano ao poder, a empatia que recebemos por aquela açom fora moi grande e os médios volcaram-se em criminalizar-nos.
Agora toca-lhe rematar a faena a esta judicatura corrupta e mafiosa que estamos sofrendo as capas populares.
Que saivam, isto nom nos vai parar, somos leais co nosso compromiso social e seguiremos assinalando a quem infringem sofrimento á povoaçom mais indefesa.
Jose Blanco Burgos
ADENDA
Tamém em Compostela e outros lugares da Galiza, houvera saqueios solidários na altura daqueles feitos e posteriores. Em Abordaxe, deramos conta de dois saqueios da empresa Gadis :
– 4 nov. 2012 – Expropriam supermercado em Compostela.- (notícia do GalizaLivre)
– 24 dic. 2013 – Saqueo no GADIS
Po lo seu interés (e atualidade) recolho e colo o texto íntegro da volantina distribuida polas “saquedoras” da 1ª açom:
A fame e a raiva que sentimos som razons suficientes para fazer o que fizemos. Fame e raiva que sentimos por vivermos em precário, por esta situaçom de escravidom permanente. Estamos fartas de aguentar ofensas, de que nos explorem e nos oprimam, que destruam a Nossa Terra. Mas, nom contentes com isso, fam-nos pagar as consequências da sua gestom. Nós, as oprimidas, temos que pagar a sua crise, a que eles criárom.
Já basta! Nós, o Povo, temos que armar-nos de valor e erguermo-nos para demonstrar-lhe a essa calanha que nom é fácil fazer-nos calar, que nom lhe será fácil roubar, que já nom somos simples escravas do seu sistema. Somos pessoas conscienciadas que vamos fazer que a crise a pagem eles!
Os saqueios aos supermercados som só umha pequena parte do trabalho que devemos, como Povo organizado, realizar. Os bancos e as multinacionais som os verdadeiros causantes da crise econômica que aterece ao nosso Povo, que fai que existam despejos de famílias que nom podem pagar a hipoteca a fim-de-mês, que fai que existam milhares de pessoas sem direito a umha sanidade, sem direito a umha educaçom pública, etc…
Que nom te enganem, nós nom roubamos, temos direitos! Une-te aos saqueios! Que nom che roubem!
Ergue-te! Sai à rua! Reclama o teu!