Em 30 dias brincando nos solos da floresta cheinhos de folhas caidas, as crianças préscolares finesas medraram o seu número de células T e as suas bactérias intestinais som agora muito mais variadas.
Num experimento fascinante realizado há um ano, pesquisadoras finesas interviram em 10 escolinhas de 2 cidades da Finlândia (Lahti e Tampere), ambas com povoação superior a 100.000 habitantes. Três delas eram escolas orientadas para a natureza que serviram como um controle positivo (23 participantes do estudo). As 7 restantes continham antes do estudo aproximadamente 500 m² de jardins com pouco ou nenhum espaço verde. Em 4 dos pátios de jogo dessas escolinhas (36 participantes), doravante denominados “escolinhas de intervenção”, cobreram parte do cascalho com piso da floresta (100 m2) e grama (200 m2) musgo, urzes ananos, arandos, groselhas e blocos de turfa para escalar e cavar e além instalaram caixas de plantio para as plantações anuais da horta. Os outros 3 pátios não modificados, “escolas padrão”, serviram como controis comparativos (16 participantes).
Coidadoras das escolinhas de intervenção instruíram às pré-escolares a brincar na vegetação e na terra por uma hora e meia por dia durante um mês.
Seus micróbios intestinais e cutâneos foram analisados antes e depois do experimento e comparados com os das crianças doutras escolinhas urbanas com seus normativos parques infantis totalmente esterilizados.
Apôs apenas 28 dias, a diversidade de suas bactérias intestinais e cutâneas aumentaram de maneira notável, assim como sua contagem de células T (1) e outros marcadores imunológicos importantes no sangue.
Este estudo vem apoiar a hipótese da biodiversidade e a demonstrar o conceito de que a baixa biodiversidade no ambiente de vida moderno pode levar a um sistema imunodeficiente e, em consequência, a aumentar as incidências em doenças imunológicas.
Em definitiva ditos resultados sugerem que a intervenção na biodiversidade melhora as vias imunorregulatórias e fornece um incentivo para futuras abordagens profiláticas para reduzir o risco de doenças imunomediadas nas sociedades urbanas.
(1) As células T (Tipo de glóbulo branco) são parte do nosso Sistema Imunitário e formam-se a partir de células mãe na medula óssea. Ajudam a proteger o corpo das infeções e a combater os cancros. Tamém se chama Linfócito T ou Timocito.