Recolho do seu blogue “ainimiga.noblogs.org” e dou pulo a esta iniciativa editorial brasileira baseada em Salvador (apesar de ter contribuidores e contribuidoras em outras partes do mundo) e da que, há coisa dum mês, saia seu primeiro número do prelo.
A Inimiga da Rainha é uma nova revista anarco-feminista interseccional, autogerida. O nome é um tributo ao [jornal] Inimigo do Rei, e uma ênfase na presença feminina no anarquismo, porque não só homens são revolucionários da mesma forma que não só homens são reacionários.
Valorizamos a irmandade entre mulheres, e acreditamos no apoio entre feministas. Mas também achamos importante apontar a nossa oposição a um certo feminismo reacionário, que é uma apropriação neo-liberal do termo, exemplificado pela Rainha. Preferimos abolir hierarquias e cultivar a Rainha dentro de cada uma de nós.
Visamos um feminismo que apoia e incorpora a luta da comunidade trans, pobre, e negra. Lutamos contra o ‘feminismo’ cooptado pelo Capitalismo e pelo Estado. Não basta lutar contra o Estado, lutamos também contra o patriarcado, a supremacia branca, Capitalismo e o neo-colonialismo.