Arquivo mensal: março 2023

[França] Os desinformativos e seus “Partes de Guerra” nas jornadas de Greve

Já nada surpreende no tratamento mediático dos falsimeios de qualquer pelagem.

Tudo vale na sua estratégia de favorecer ao CAPITAL que lhes dá de comer.

Já nada fica daquele enorme “QUARTO PODER” que quitava o pelejo mesmo a presidentes dos USA e tinha sona de nom se vender a ninguém.

Mesmo desapareceu a diversidade de opinióm para dar pé a uma UNIFORMIDADE de discursos e pensamentos

Nesta onda som IGUAIS TODOS os cabeçalhos que dam conta das diversas jornadas da greve na França tal como figura nesta imagem onde reunim nestes dias vários deles em datas diferentes:

Som PARTES de GUERRA, onde duma banda figuram as BAIXAS dos NAZIONAIS FERIDOS (exclusivamente polícias antidistúrbios) e por outras os ÉXITOS da VITÓRIA dando conta das numerosas DETENÇONS das INIMIGAS do POVO (as manifestantes e algumas despistadas que se passavam por alá).

E ASSIM É QUE SE CRIA A OPINIOM PÚBLICA NESTAS FALSAS DEMOCRACIAS DO PENSAMENTO ÚNICO

Muda de horário, muda de humor. Um continho

Hoje acordei, coma qualquer dia laborável, co zumbido incesante do despertador. Nas trevas e meio sonâmbulo, erguim-me enfiadinho coma um autómata cara ao estridente aparelho na procura de silencia-lo e comprovar a hora maldita. O fodido câmbio de hora obriga-me de novo a ter que ligar a luz para comprovar a hora. Meu despertador é da prehistória analógica, leva comigo desde meus anos de bacherelato e carece de qualquer qualidade dos seus irmãos desta era digital; por nom ter, nem sequer possue uma pantalha luminosa que me permita comprovar a hora a distância desde a almofada. Se bem possue tudo quanto, ao meu entender, precisa um bo despertador: um som estridente e continuado que só se para quando apretas o seu único botom. Nom o câmbio por nenhum outro moderno desses que sabem falar, conetam com a rádio que escolhas, dim-che a temperatura do interior e do exterior e qualquer outro aditamento ou suplemento que se lhes ocorra a publicistas e desenhadores para fazer atrativa sua venda a essas consumistas impulsivas de produtos inecessários que chegam mesmo até o paradoxismo de fazer crer que é útil, necessário e mesmo imprescindível possuer um despertador com alarma silenciosa !!

Dando traspés e meio durmido consigo chegar até ele em tempo recorde, se bem nom chego a cumprimentar o meu objetivo quando já escuito murmúrios de protesto da minha vizinha de tálamo. Ela trabalha de celadora no hospital e nesta finde tocou-lhe a quenda de noite polo que nom vai nem meia hora que se deitaria. Dou por seguro que, ao igual que ontem, chegaria rebentada pois, coma sempre se passa cada vez que se muda a hora, o hospital veria-se sobrelotado dum feixe de pacientes impacientes aqueixadas por um efeito similar ao que se produz quando viajas em aviom até outro país com um fuso horário diferente; aquilo que especialistas definem coma uma desregulaçom na secreçom de melatonina que causa cansanço e fatiga e uma consequente irritabilidade nas pessoas. Nem sequer a sentira quando se deitara ao meu carom, e eu quigera responder a sua atençom e delicadeza coas mesmas armas, mas nom fum quem de chegar a tempo de silenciar aquele estrepitoso zumbido.

Hoje, o meu acostumado bo humor manhaneiro, inveja de conhecidas e estranhas, nom fijo ato de presência, nem se lhe esperava. De feito tivem que fazer um grande esforço para mudar esse rostro avinagrado que me devoltava o espelho do banho e ir até a habita da peque para acorda-la.

E se até agora a amanhecida fora horrível, o que sucedeu a continuaçom nom tem parangona alguma na minha vivência coma pai.

Minha meninha é a razom da minha alegria manhaneira desde que ela chegou ao mundo fai hoje 3 anos, 2 meses e 5 dias, ela é a causa primária desse sorriso imborrável co que eu chego dia tras dia ao meu aburrido posto de trabalho. Este ano começamos a leva-la a um jardim de infância e se bem o primeiro dia nom queria ficar e soltara umas lágrimas, voltara contando que o passara genial e que figera muitas amigas e amigos, e desde entom acordava contenta de ir à escolinha para seguir apreendendo jogando. Essa sua alegria tamém me invadia a mim, que era quem a levava dia tras dia até a porta da escola, num nosso passeio matutino onde ela ia saudando co seu sorriso a toda pessoa que se nos cruzava. Nas nossas primeiras andanças muitas dessas pessoas que iam com acenos agres e suas cabeças gachas, olhavam cara ela com certo desprezo e assombro; mas assim passadas só umas semanas, todas as habituais, mudavam seus rostros assim que viam vir aquela rapariga tam pispirreta e prestas a sauda-la com um amplo sorriso; a maioria já sabiam seu nome e ela tamém sabia os de todas, sem se confundir nunca.

Fum acordar a pequena mas hoje nom estava por fazer festa. Enfurrunhada protestou dizendo que ainda era noite e que ela queria seguir durmindo. Já ontem protestara quando quigem convence-la de que fosse durmir. Ela, nom falta de razom, dizia que ainda nom era noite e nom entendia porque tinha que ir-se durmir se ainda estava o sol no ceu. Era inútil tratar de explicar a uma criança dessa idade que umas pessoas decidiram fai mais de 100 anos, atrassar ou adiantar os relojos uma hora co galho de reduzir o uso da luz artificial, num tempo em que a luz elétrica apenas estava instalada e ainda se iluminavam a maioria das ruas das cidades e as vivendas com lâmpadas de azeite, gás ou carbom.

Se eu nom entendo esta teima dos governos em seguir a fastidiar às suas povoaçons com estas mudas, coma podia eu explicar a uma meninha que ontem tinha que ir durmir sendo ainda dia porque amanhá terá que se erguer sendo ainda noite?? É estúpido !! Um sem sentido !!

Custara-me um mundo que ontem se deitara e nem sequer me agradeceu, coma sempre fazia com um biquinho esquimó, que lhe lera um conto. Acho que fechou seus olhos para que a deixara sozinha e aos poucos sentim que dava voltas enredando na sua habita. Deixei-na fazer, já cansaria e eu tamém nom estava de humor. Reconheço que sempre nestas malditas datas, tanto seja para ganhar uma hora coma para depois perde-la, ponho-me dos nérvios e estou à que salta.

Hoje para acorda-la, vesti-la e que almorçara, tivem que foçar com ela por vez primeira. Foi uma situaçom caótica, agoniante e desesperante onde tivem que andar a tentas coa minha filhinha para tratar de convence-la de que isto é coisa de um dia , que já verás coma manhá já estas afeita,…. e outras falácias ao respeito destas mudas dos relógios, uma sarta de mentiras nas que eu nunca crim.

Por suposto, hoje no caminho à escolinha, nom houvo sorrisas, nom houvo saúdos, a rapariga pispirreta mudara por uma moçinha enfurrunhada co mundo. Sorte que a muda de horário tamém afeta a maiores e velhotas e hoje ninguém ergueu suas cabeças gachas, nem esboçou nem um assomo de sorriso, nem mudou seu semblante e ninguém viu vir ao longe àquela rapariga tam pispirreta que saúda a todo o mundo.


Colo acá o programa de Comochoconto que emitira por primeira vez em 2007, co galho da mudança horária do vrâo, e que acho segue em plena atualidade, por mais que me pese.

Ne-le fago além umha mençom ao absurdo de que na Galiza tenhamos o mesmo fuso horário que no resto do estado espanhol (agás Canárias) e o mesmo que o que tenhem na Galitzia polaca (!!!) por uma decissom tomada no franquismo polo seu germanismo e a sua fília com o nazismo hitleriano:

Uma notícia que nom o é: Um relatório assegura que Scotland Yard é racista, misógina e homófoba

A qualqueira que nom tenha uma venda nos olhos, nom lhe suporá nenhuma novidade conhecer que um informe confirme o que já era evidente e notório: A polícia metropolitana de London é racista, misógina e homófoba.

E digo que nom é notícia porque nom é uma novidade, nom é um feito desconhecido nem sequer causa assombro nem muito menos escándalo. Só é a constataçom empírica do evidente. E atrevo-me a dizer que de se realizar um inquerito igual entre a polícia de qualquer lugar do mal chamado primeiro mundo, o resultado seria idéntico.

Já em janeiro de 2014 saltava ao meios um Relatório que assinalava à polícia de Manchester (onde suas cidadás som consideradas das mais “gay friendly” do mundo) coma “uma organizaçom institucionalmente racista, sexista, homofóbica e incapacitante”.

Mas tampouco esta notícia fora na altura uma novidade. A Polícia de Manchester já fora tildada como “institucionalmente racista” em 1998 por quem por entom era seu chefe. E 5 anos apôs disto, em outubro de 2003 via a luz o documentário da BBC ‘Secret Policeman’ que amossava o racismo instituido entre várias forças policiais británicas.

A constataçom seguiria com mais evidências e em agosto de 2014 a Asociaçom de Imprensa británica publicava um outro informe que deixava, uma outra vez, a vista que desde 2009, centos de oficiais desses corpos de (in)seguridade foram investigados por partilhar mensagens homófobos e racistas nas RRSS. Concretamente 828 casos entre Inglaterra e Gales.

E suma e segue, em fevereiro de 2022 a canle britânica ‘Sky News’ dava a conhecer os resultados duma investigaçom independente aberta em 2018 que tiram luz aos comentários machistas, racistas e homófobos publicados em grupos de WhatsApp e Facebook dos que participavam agentes de Scotland Yard duma esquadra policial do centro de London. Misoginia, discriminaçom sexual, racismo, mensagens dando conta de malheiras e violaçons de mulheres, ou sobre a morte de crianças negras e do Holocausto nazi. Aos poucos dias, a jefa de Scotland Yard dimitia ao se conhecer estes escándalos.

Ontem e hoje, falsimeios de todas as pelagens, ressaltam um outro Informe, ao parecer realizado por interés duma “baronesa”, que vem a corroborar, uma vez mais o mesminho: Racista, sexista e homófoba: assim é a polícia de London:

O documento é muito claro e tajante, falando de racismo institucional, misoginia e homofobia, que derivam numa falha de proteçom para a cidadania e uma negaçom constante de que esta discriminaçom existe”. “Detectamos uma cultura da discriminaçom que é mais acusada contra quem nom cumprem com o estereotipo do homem branco, sobretudo contra as pessoas de cor e as mulheres.

Mas sim há algo novo que aporta este Informe, e que curiosamente é algo que silenciam os falsimeios das españas:

Para além do racismo, machismo e homofobia que marca a actuaçom destes agentes, tamém alerta dum segundo feito, igual de preocupante: Muitas das pessoas que passam a formar parte do corpo pensam que terám Carta Branca para perpetrar abusos de poder, algo que desde o Scotland Yard decidirom ignorar e nom toma-lo a sério.

Coma digem esta última informaçom nom é resaltada por nenhum falsimeio español, nom vaia a ser que alguém faga uma equivalência com o interés de PSOE, PP, Podemos, Vox e outros em nom derogar a Lei Mordaça para seguir permitindo às polícias das españas desfrutar tamém dessa Carta Branca para perpetrar abusos de poder.

E assinalo ao PSOE e Podemos no poder -do autocatalogado “governo mais progre da história das españas”– coma responsáveis de permitir às polícias seguir multando a quem lhe pete com tal de dizer que a sancionadas nom lhe obedeceu adequadamente ou nom o tratou com o respeito devido.

E como dizia, se nestes lares se figera um Informe tal qual sobre a polícia española, a guarda civil, a ertzaintza ou os mossos d’esquadra (ERC que morro tês), de certo que ninguém se estranharia se as conclusons som idênticas ou muito similares aos destes informes británicos. Só fai falha aportar um dado contrastado desta evidência: Jupol (sindicato policial de JUSAPOL, de tendência neonazista) arrasou nas eleiçons sindicais da Polícia Nacional com uma porcentagem de voto cercano ao 50% do censo (60% dos votos) na escala básica e maioria de votantes na escala superior. E Juvil (a mesma merda mas da Guarda Civil) acadou a maioria no órgano de representaçom dos picoletos com um 45% dos votos.

ACAB AGORA E EM TODAS PARTES !!!

A estúpida polémica do consumista “Dia do Pai”

O estúpido debate jurdido ao respeito da celebraçom desta data no calendário em homenagem aos pais (homes) fai-se merecedor duma entrada nesta minha bitácora, porque há polémicas que nunca deveriam ter jurdido nem ter lugar e porque eu desfruto metendo mão nestes assuntos que, nem me vam, nem me venhem, desde há muito tempo.

Lembro esses dias quando eu era um cativinho que ia à escola. Esse querer fazer muito bem esses trabalhos manuais obrigatórios e todos iguais que a mim se me resistiam entre pegamentos, papeis, teas, folhas, pétalos e outros materiais susceptíveis de que eu figera um churro onde alguns dos meus compas -a mim mo parecia- faziam arte; mas nom só isso, a competitividade nom ficava só na aula entre compas, senom tamém e muito mais, entre meus irmãos e irmás. Días de passa-lo mal, ou quanto menos nom passa-lo bem, pensando que meu pai ou minha nai iam receber uma porcaria de agasalho em troques de tudo quanto e bo, faziam por mim. Uma fastidiosa competividade tanto na aula coma na família.

Tempo depois, já adolescente, saberia de boca de minha nai que aqueles horríveis agassalhos, tanto fossem para meu pai coma fossem para minha nai, aos poucos dias, iam parar todos juntos ao lixo. Normal numa família numerosa coma a minha, na que, além tinham que fazer um dispéndio económico nessas malditas datas para que puideramos mercar cartulinas, madeira, serras de fio, barro, …. o que se lhe pugera em gana ao mestre ou mestra, que era quem decidia que fazer e coma faze-lo, sem dar pé à criatividade ou a originalidade de cada quem. Semelhava que eram os mestres e mestras quem competiram entre eles para ver quem tinha a milhor ideia.

A data na História

Se olhamos atrás, observamos que o Dia do Pai jurdira por vez primeira nos EEUU coma homenagem duma filha a seu pai quando lá por 1909 quiger agasalhar-lhe por ter educado ele sozinho a ela e cinco irmaos mais tras morrer a nai no derradeiro parto. Sonora Smart Dodd tivera a ideia de comemorar a todos os pais dos EEUU em sinal de gratitude ao igual que já se vinha fazendo com o Dia da Nai. Mas nom seria até 1924 que o presidente Calvin Coolidge declararia o 19 de junho (sim de junho, nom é uma gralha) como celebraçom nacional do Dia do Pai e depois em 1966 o presidente Lyndon B. Johnson proclamaou que tal celebraçom passava a celebrar-se no 3º domingo de junho.

Mas tampouco é que a celebraçom do Dia da Nai tal qual a conhecemos tenha mais história. A sua origem remonta-se à Inglaterra do século XVII, quando a igrehja anglicana instaurara o domingo das Nais no que as crianças, tras assistir a misa, voltavam a seus fogares com agasalhos para suas nais. Apôs, lá por 1865 nos EEUU, tras diversas manifestaçons pacíficas de nais que foram vítimas da Guerra de Secessom, algumas destas nais propugeram ao governo estabelecer um dia especial co galho de reconciliar às partes em conflito. Isso daria pé a que, quase meio século depois, em 1914 o 2º domingo de maio obtivera reconhecemento oficial, sob a sinatura do presidente Woodrow Wilson, coma Dia da Nai na sua homenagem por lutar pola paz.

As celebraçons de âmbas datas no mundo, variam de data, mas imos centrar-nos no que nos atinge por estes lares:

Nas españas o dia da maternidade começou a celebrar-se tras a vitória fascista em 1939, impulsado polo partido único da Ditadura: a Falange Española Tradicionalista y de las JONS (Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista) coincidindo com o dia da “Purissíma Concepçom”, em 8 de dezembro, coma celebraçom católica do mistério da virginidade de Maria. Apôs, em 1965, numa jogada consumista e implacável tal festa foi adiada ao 1º domingo de maio; segundo as crónicas católicas coa intençom, boa e santa, de ofertar todo o mês de maio à Virge católica, apostólica e romana.

Se bem, a verdadeira razom desta celebraçons é Capitalista e Consumista

Nos anos sessenta do passado século, Pepín Fernández, fundador da cadena de grandes almacens «Galerías Preciados», decide celebrar o Dia da Nai em 1º de maio coma jeito de ganhar clientela a seu presunto grande competidor, Ramón Areces de «El Corte Inglés», quem segue a celebrar a data em 8 de dezembro. Âmbas datas consumistas conviviram até que, em 1965, as autoridades eclesiásticas optam por maio, unificando assim a data.​

Enquanto ao Dia do Pai español começara a se celebrar lá por 1948 quando uma mestra interpelada por uns pais invejosos do Dia da Nai acordara celebrar na sua escola uma jornada festiva para agasalhar a estes porque “os pais tamém querem a suas filhas”. Aquela primeira jornada já fora celebrada na onomástica católica de S José dadas as fortes convinçons religiosas da mestra e incluira, coma nom, uma misa, entrega de obséquios elaborados manualmente polas meninhas e um festival infantil de poesias, baile e teatro. Apôs esta mestra dera pábulo a tal festa na revista “El Magisterio Español” e noutras publicaçons franquistas e ao ano seguinte sua proposta tivera grande sona uma entrevista que lhe figeram na Radio Nacional de España.

Mas quem deu o tirom da data consumista fora quem na altura era diretor gerente de Galerías Preciados, José Fernández Rodríguez, quem, 5 anos apôs, em 1953 propagara a ideia com uma campanha orquestrada na imprensa e rádio. Mais tarde sumaria-se à mesma seu presunto competidor, Ramón Areces, que seguia sendo diretor gerente de El Corte Inglés.​

Empresários de Grandes Almacéns foram por tanto os máximos impulsores destas festas do Consumismo Capitalista. Pouco depois todas a tendas e comércios sumaram-se a tal data, e desde entom é só uma festa mais do Consumismo, à par do dia dos namorados, os dias de rebaixas, dos black friday ou dos dias de natal e reises.

Que isto derive numa polémica sobre as diversidades familiares é só querer levar o tema a questonamentos banais, porque sempre houvo famílias onde a figura paterna ou nom existia ou nom estava ou nom se lhe esperava.

E se alguém quere amossar seu amor por uma pessoa, nom precisa de datas marcadas no calendário por empresários que decidam quem pode ser agassalhado e quem nom nessas datas.

A Nom Derogaçom da Lei Mordaça Nom Surpreende

Todo governo precisa duma força repressiva disposta a intervir polas bravas contra suas cidadás quando estas protestam com vigor na defessa de seus direitos ou lutam por milhorar suas condiçons de súbditas.

Esta é, sem dúvida, a primeira e primordial razom que motiva o que escrevim no cabeçalho desta entrada nesta minha bitácora.

A segunda é a evidência de que nunca tiveram intençom de derogar tam nefasta lei neste governo mais progre da história das españas unidas, dado que se assim fosse, nom esperariam até levar mais de 3 anos co-governando para derogar o que tantos anos levavam prometendo.

Sem dúvida, já fora em 2018 a promesa eleitoral mais repetida pola propaganda eleitoral do PSOE de Sánchez: Derogar a Ley Orgánica 4/2015, de 30 de marzo, de protección de la seguridad ciudadana (que é o nome real e hipócrita da Lei Mordaça).

Basta com fazer uma simples busca na hemeroteca:

Isto pola banda de Lestrove (e que me perdoem as gentes deste lugar), mas tamém pola de Lainho (e volto pedir perdom e o fago extensivo a toda a gente de Dodro), havia um outro tanto na altura e tal postura mantiveram invariável entanto deu-lhes réditos eleitorais, e se bem podemitas e outras ervas esquerdistas nom chegaram a ser parte desse primeiro governo Sánchez, Unidas Podemos sim lhe deram seus votos e apoiaram e à postre e até hoje formam parte ativa do atual governo “maisprogre”, mantendo sempre a dualidade apoio-combate na luita elitoral por mais votos entre as presumíveis gentes de esquerdas. De feito, lá por setembro do 2018, apenas a 100 dias do primeiro governo sánchez, mesmo chegaram a tildar de ditatorial a quem apoiaram.

E recurro uma vez mais às malditas hemerotecas:

E assim que chegamos a um novo periodo de mentiras ao povo, quando a propaganda eleitoral de novembro de 2019, âmbas bandas de aspirantes a governar desde a esquerda do hemiciclo seguiam “erre que erre” pormetendo o que sabiam que NUNCA tal fariam. Mas mentir é o que há nas campanhas eleitorais e já há tempo que se dá por feito e caseque ninguém se surpreende se depois nunca se fam realidade tais promesas; forma parte do acervo das mal chamadas democracias representativas, dado que este peculiar jogo permite as mentiras e os câmbios radicais de opiniom segudo estejas no governo ou na oposiçom.

Por suposto a promesa da derogaçom da Lei Mordaça seguiu dando seus fruitos entre a manda de eleitores e eleitoras incautas que nunca apreendem e muitas seguem confiando em que as coisas mudem com só introduzir seu voto numa urna e assim conformou-se o atual governomaisprogredahistóriadasespañas depois de meses de negociaçons, de quita-te tu para que me ponha eu, de compras de chaletes em Galapagar (a pagar de gala entre todas), de continuar coas devoluçons em quente de migrantes e doutras tantas repressons; seguirom mantendo agochada a Lei e tirando proveito dela.

O PSOE na sua agenda eleitoral expunha num dos seus pontos (sic):

Se reemplazará la “ley mordaza” por otra de seguridad ciudadana, de forma que se garantice el derecho fundamental regido por a Constitución española a la libre expresión y el derecho de reunión pacífica.

Estoutro o que tal contavam as listas de Unidas Podemos (sic):

Fin de las leyes mordaza y de los delitos medievales de ofensa a los sentimientos religiosos e injurias a la Corona. Nuestro país se merece una democracia del siglo XXI y, por ello, derogaremos las leyes mordaza y reformaremos el Código Penal para acabar con la criminalización de la libertad de expresión y de opinión, tanto en la calle como en internet

E muitas eleitoras ilusas tal crerom e voltarom votar à pretendida esquerda.

Hoje sabemos com total seguridade que nem PSOE nem UP tiveram NUNCA intençom de derogar tal Lei Mordaça. Som dessas coisas que se dim quando estás na oposiçom mas que nom queres levar a efeito quando governas. Como iam poder manter uma repressom brutal se nom tiveram uns corpos policiais dispostos a tirar a matar contra migrantes nas fronteiras ou capazes de maçar a hóstias a todo um povo coma o catalám quando demandou fazer um referendum ou coma iam fazer redadas estúpidas em montes e praias coma quando a plandemia ou mesmo coma iam obrigar-nos a estar encirradas nas casas durante o confinamento obrigatório mesmo que tempo depois os tribunais declararam ilegal tal sequestro da povoaçom?? 1

De feito já era algo sabido aos poucos de assumir o governo conjunto entre Pssss Oe e Unidas Fodemos em dezembro de 2019 mesmo que se tratara duma promesa que formava parte do seu acordo de coaligaçom.

Além os sindicatos de forças de seguridade pediram que nom houvera mudanças na lei, estám muito contentes com que sua palavra vala diante um juíz muito mais que as pessoas repremidas pola sua força bruta e amparados pola lei creem ser o rei.

Para fazer memória dos sucesos recéns Pssss Oe e Unidas Fodemos pautaram em novembro passado uma simples MODIFICAÇOM dalguns artigos e por entom a palavra DEROGAR já desaparecera sem fazer ruido mediático, nem sequer era considerada, mas por entom ERC, PNV, EH Bildu, BNG e outros aliados parlamentários consideraram insuficientes esta proposta conjunta dos dois partidos co-governantes. 

Dando já por totalmente esquecida a promesa da DEROGAÇOM, tocava ao goveno fazer-se o ofendinho e culpar a seus aliados parlamentares de nom poder cumprir o que tantas vezes prometeram derogar2.

Agora é tempo de se votar as culpas os uns às outras e vice-versa de nom ter chegado a um acordo para fazer uma simples reforma. Por suposto nada de derogar algo tam necessário mesmo que se contradigam âmbas bandas no que vinheram dizendo ano tras ano.

Mas quando volte a haver eleiçons, haverá quem sega votando-lhes sob a escusa patética refraneira de “mais vale mau conhecido…” e entretanto esse bloque parlamentário que estava tamém disposto a renunciar à derogaçom (e que tamém prometeram repetidamente às suas votantes) em troques duma reforma que eliminara alguns dos artigos, depois duns dias de protestar para fazer seu paripe de descontentas, seguirá substentando este governo repressor quanto menos até que cheguem as novas eleiçons.

E assim som estas democracias…


1 Em 14 de julho de 2021 o Tribunal Constitucional declarara inconstitucional o confinamento dado que, para tomar medidas como a suspensom de direitos fundamentais teriam que ter declarado um estado de sítio o excepçom, se bem estes requirem doutras condiçons que nom se davam. E em 27 de outubro tamém de 2021 o Tribunal Constitucional volta falhar contra a estratégia jurídica do 2º Governo Sánchez, declarando inconstitucional o segundo estado de alarma. ​

2 O jornal digital Huffigtonpost publicou ontem um seu artigo com este cabeçalho: “Las numerosas veces que Pedro Sánchez prometió “derogar” la ‘Ley Mordaza'” e coa hemeroteca de mão fai seu relato desde que foi aprovada em 2015 até nosso dias.

Informativos das TVs – Amostras do declive mediático

Desde que a televisom chegara ao meu fogar sendo eu ainda um cativinho estando Franco vivo e assinando condenas a morte, meu pai gostava de ver o “parte diário” que davam na TVE – a única existente por entom – para assim afazer-se uma ideia aproximada do que se passava segundo o que se contava no telejornal. Ele entendia que o que se contava nesse aparato era certo e que nom havia razom alguma para desconfiar ou para mentir-nos. Algo que hoje poida parecer a muita gente uma atitude muito ingênua, era em realidade o sentir de muita gente adulta nessa altura da história.

Lembro as vezes que, sendo eu já um adolescente, meu pai nalguns dos debates de sobremesa familiares limitava seus argumentos a faze-los coincidentes co que escutara pola tele ponhendo isto coma verdade categórica irrebatível e assim safar das opinions contrárias e ganhar o debate. Suas sentências ganhadoras eram da orde de “se o dixérom na tele, será que é verdade” ou estoutra milhor “vas a saber tú mais que a tele??”. Se bem é certo que eu, por entom, carescia de idade e de argumentos para fazer-lhe ver que nom todo o que se dizia pola TV tinha que ser verdade.

E assim foi coma a “tele” se passou – em muitos fogares dos anos 70 – a ser uma canle de transmissom de ideologia e conhecementos dos que nom se podia dudar; ubicando-se em bem pouco tempo à par de preceitos e mandamentos seculares da Igreja católica, apostólica, romana e única, naquela España franquista de misa obrigada os domingos e festas de guardar e de rezo do angelus radiado às 12 do mediodia.

Já se passarom anos desde entom e eu, que agora já tenho idade de velho rosmom, acho que essa verdade irrenunciável e categórica, já há anos que perdeu sua vigência.

Hoje a cada día mais gente é ciente de que na tele mintem coma belhacos e pese a que segue a ser a mais importante correia de transmissom de imposiçons por excelência para gente de certa idade (lembremos seu papel primordial de transmissor de medos e obrigas durante a plandemia); para boa parte da povoaçom a televisom é já só um aparato inútil do que é doado prescindir.

Assim podo dizer que hoje a tv cumpre basicamente só uma das suas funçons: entreter !! e para isso estám as centos de canles existentes, para ofertar um entretemento fácil de digerir e uns debates nos programas mais vistos, totalmente carentes de temáticas que sejam transcendentes para a vida humana, onde se deitam frivolidades e assuntos de cama de gente que só é famosa porque sae nesses programas.

Mas o decaimento informativo nos noticieiros, vem nos últimos tempos endossado dum fenómeno novidoso que os assemelha a esses programas chorras do coraçom e da polémica entre famosos. Estou a referir-me à divulgaçom nesses espaços presuntamente informativos de notícias que tiveram muita repercussom nas RRSS; e coa peculariedade de que ninguém na redaçom ou elaboraçom dos informativos, preocupa-se o mais mínimo de contrastar se essa informaçom é certa ou é um fake (uma notícia falsa de toda a vida, que coma muitos otros termos, agora precisa do inglês para que a gente informatizada nom te olhe com cara de pasmo, se usas a tua língua nai).

Um dos casos mais sobresaintes é a notícia trasmitida nos informativos de várias canles que reproduzirom coma real a notícia de que “veganos chineses passeiam leitugas em vez de cans”. Nom atopei uma canle da españa, mas acá tendes a informçom facilitada por La Nación da argentina:

Aproveitemos que da China apenas nada sabemos, mais lá da comida que nos servem nos seus comedores, que disponhem duma muralha que vê-se desde a Lua ou mais recém, de que lá nasceu a plandemia que nos encirrou na casa. Bom e que suas habitantes tenhem os olhos lasgados de comel tanto aloz. É dizer, é notório na Europa ignorante que para nos, as chinesas som umas pessoas estranhas e difíceis de compreender; som quase como extraterrestres. Tanto é assim, que agora se lhes deu por passear verduras polas rua. Nalguns casos mesmo converteram-nas em mascotas. Dizem que o fam para superar uma depressom, para conhecer gente ou só por moda. Alguns meios recolhiam declaraçon destes passeantes: “nom ladran nem brigam com outras verduras” .

Muitos meios para afirmar isto se apoiaram de fotografias coma estas:

Como já vos percariades, a notícia é falsa. Chineses podem ser raros, mas nom passeiam verduras polas ruas. Estas imagens som duma performance da artista Han Bing num festival de música de Pekim, onde esta mulher chinesa joga coa ideia de passear coles polas ruas coma se fosse um cam.

Claro está, nom faltou nesses dias quando lhes descobrias a verdade, quem declarara -tal qual meu pai há 50 anos- “Eu vi-no na tele, saiam as imagens e tudo e o comentarista falou de que é uma moda entre adolescentes… ou vas saber tú mais que a tele?”

Diferenças entre o feminismo burguês e o feminismo libertário…

“Sou consciente de que nos estám a roubar até a palavra ‘feminismo’. Um dos atos do poder é devorar tudo, ser tudo e que nada tenha sentido fora do sentido que o poder assigna às cousas, de aí a necessidade de apropriar-se da palavra, do território feminista, a necessidade de coopta-lo, devora-lo e desprovê-lo do seu sentido subversivo e inquietante.” María Galindo do coletivo feminista anarco boliviano “Mujeres Creando” 

Em 1975 a ONU declara o 8 de março Dia Internacional da Mulher, e desde entom, os diferentes governos e governinhos dos países imbuidos no Capitalismo sumaram-se à data co galho de converte-la numa festa lúdica com passeatas organizadas polas ruas com seus quadros de ordem próprios (mulheres empoderadas com braçaletes para impedir todo ato que se saia do estabelecido polas leis do capital coma fazer pintadas ou rachar luas de entidades financieiras ou de lojas e empresas onde se exploram mulheres). Atos interclassistas, onde pretendem que as desfavorecidas vaiam juntas do gancho das exploradoras. Tudo elo orquestrado por grupos feministas, sindicatos e partidos políticos co galho de converter numa festa o que deveria ser uma jornada de luta em lembrança do assassinato em New York de 129 mulheres novas (dentre 16 e 24 anos) queimadas vivas na fábrica de têxtil onde trabalhavam, por exiger em greve -em tal data coma hoje de 1875- salários mais justos e condiçons laborais mais humanas, entre elas uma jornada semanal de …. 52 horas!

Neste 8 de março de 2023 recupero da rede (e traduzo) este artigo do blogue N&A NoticiasyAnarquia dado que, vários anos apôs, estas diferências seguem de vigência plena nos países imbuidos no Capitalismo. :

As feministas burguesas procuram a proteçom das mulheres através dos aparelhos coercitivos do Estado. As feministas libertárias, advogam pola autodefensa das mulheres em comunidade.

O feminismo burguês deseja que toda mulher compita em ‘igualdade de oportunidades’ e seja retribuida segundo seus méritos individuais. Pola contra, as feministas libertárias lutam para que cada indivíduo se desenvolva solidariamente em igualdade e que cada quem seja satisfeita segundo suas necessidades.

As feministas burguesas desejam a incorporaçom das mulheres em postos de poder, no parlamento e nos exércitos; nas altas gerências das empresas capitalistas e nas executivas governamentais. As feministas libertárias, desejam a aboliçom das instituiçons hierárquicas. É por isso que se declaram antiestatistas, anti-militaristas e críticas do parlamentarismo.

O feminismo burguês sustenta que a igualdade de género é um “direito humano” que deve ser garantido polo Estado. As feministas libertárias sustentam que o Estado nom pode garantir a igualdade, pois a igualdade nom se pode atingir mediante a jerarquizaçom da sociedade que gera a organizaçom piramidal e repressiva do Estado.

As feministas burguesas criam «consciência feminista cidadã», isto é, um conjunto de práticas e valores que criam a um sujeito dócil e submisso em frente às relaçons democráticas-neoliberais. As feministas libertárias criam «consciência de classe feminista», isto é, princípios e finalidades libertárias com a intençom de abolir as relaçons de poder e substituí-las por relaçons livres em igualdade.

O feminismo burguês fai questom de explicar historicamente o feminismo mediante “ondas” (primeira onda, segunda onda, terceira onda, etc.), ignorando e censurando o feminismo operário, anarquista e comunitário. As feministas libertárias, sem obviar contribua-los teóricos e cojunturais do feminismo hegemónico, nutrem-se sobretudo das luitas históricas das mulheres das classes oprimidas e explodidas.

As feministas burguesas querem um capitalismo “verde, amável e inclusivo”. As feministas libertárias luitam contra o capitalismo e contra toda a forma de opresom, seja económica, política ou cultural.

O feminismo burguês vincula-se a organizaçons hierárquicas e partidos parlamentares. Promovem o eleitoralismo estatal e a importância da inclusom da mulher na política burguesa. As feministas libertárias, organizam-se em associaçons horizontais, praticam a açom direita, o apoio mútuo e a autogestom.

As feministas burguesas consideram de vital importância leis de paridade de género para “feminizar” as instituiçons hierárquicas do capitalismo. As feministas libertárias consideram que a luita antipatriarcal nom se trata de dominar ‘equitativamente’ simultaneamente que os machos estatistas, senom em abolir as relaçons de dominaçom.

O feminismo burguês deseja que o varom colabore na divisom do trabalho no fogar e que seja um complemento da mulher baixo cánones binaristas. As feministas libertárias, em troques, questionam radicalmente a héteronormatividade, a estrutura familiar patriarcal e o conceito de amor que lhe sustenta.

Contratistas Vs Mercenários

“Digo, pois, que as armas com as quais um príncipe defende o seu Estado, ou som suas próprias ou som mercenárias, ou auxiliares ou mistas. As mercenárias e as auxiliares som inúteis e perigosas e, se alguém tem o seu Estado apoiado nas tropas mercenárias, jamais estará firme e seguro, porque elas som desunidas, ambiciosas, indisciplinadas, infiéis; galhardas entre os amigos, vis entre os inimigos; nom têm temor a Deus e nom têm fé nos homens, e tanto se adia a ruína, quanto se transfere o assalto; na paz se é espoliado por elas, na guerra, polos inimigos. A razom disto é que elas nom têm outro amor nem outra razom que as mantenha em campo, a nom ser um pouco de soldo, o qual nom é suficiente para fazer com que queiram morrer por ti. Querem muito ser teus soldados enquanto nom estás em guerra, mas, quando esta surge, querem fugir ou ir embora.”

“O Príncipe” de Machiavelli

Quando escutara numa tv por vez primeira o termo “CONTRATISTA CIVIL” numa crónica sobre um conflito bélico, fora durante a invassom do Iraque por tropas ianquies e inglesas, ao dar a notícia de que, durante a incursom das tropas ocidentais em Bagdag, morrera durante os tiroteos um contratista norteamericano.

Na altura eu ficara inquedo por nom saber que pintava um empregado duma construtora ianquie no meio duma guerra, e fiquei cavilando na possibilidade de que já se estavam a repartir o pastel da reconstruçom da cidade entre empresários vindos dos países invasores. Ingênuo de mim!! Se bem no meu desafogo devo assinalar que até entom para mim -e acho que para a imensa maioria da povoaçom receitora desse palavro- escutar tal, numa informaçom em termos bélicos, fora toda uma novidade.

Pouco depois, tras ficar inquedo, puidem saber, que o que se nos pretendia ocultar a través desse falsimeio televissivo (e de todos os demais), é que essa pessoa norteamericana morta nesse ataque era um simples “MERCENÁRIO”, um home armado, um militar privativo, ao que contrataram e pagavam por matar

Assim pois, desde entom, quantas vezes escutei ou lim o termo “contratista” numa informaçom bélica dum falsimeio qualquer, sabia que estavam a ocultar a sua verdadeira funçom no conflito e que estavam a falar dum home disposto a matar só por dinheiro, e mesmo a mudar de bando se o novo contratante paga mais que o anterior e que o fazia sem ideais e sem manter fidelidade nenhuma com um estado ou reino. Noutrora tamém se lhes chamara “soldados de fortuna” porque só lhes interesava o dinheiro a ganhar (cabe assinalar que agora tamém há mulheres contratistas, mercenárias. Se bem, dado a forte implantaçom do patriarcado e do machismo nas tropas militares, de momento som mui poucas as mulheres “contratadas” para matar a câmbio de dinheiro).

Este “emprego” existe desde que aos homes se lhes deu por assassinar a outros homes para adquirir terras, mares, cidades, castelos, naves,… por meio da violência das armas e, polo geral, para ser propriedade duma outra pessoa, à que se lhe supom jefa ou líder; um nomeamento conseguido normalmente por mandato divino (e para elo há um sinfim de deuses e deusas a eito para eligir ao gosto de cadaquem), por sucessom familiar ou mesmo por outras razons mais humanas ou monetárias.

Na História da Humanidade e até bem pouco, quem a tal se adicava era denominado de Mercenário em razom da sua etimologia, do latim merce(n)narius ‘o que guerrea ou trabalha por uma paga’, termo derivado de merces, mercedis ‘paga, recompensa’. Assim, soldados contratados em outros povos para luitar na defesa dos interesses alheios é algo que vem de velho, de sempre, mesmo de quando as “tropas regulares” dependentes dum soberano nom exisitiam e esse termo “regular” ainda era uma enteléquia.

Na China durante os séculos IV e III a.C. tropas mercenárias foram autoras das disputas entre os grandes feudos, que a posteriori formariam o núcleo dos exércitos da dinastia Han. No Egito Antigo eram contratados mercenários líbios para a guarda das fronteiras. Tanto Grécia coma Roma possuíam deles às moreas, e em Cartago, foram umas revoltas das tropas mercenárias as que levaram à derrota desta importante colônia fenícia, durante o governo Amílcar Barca. Na Alta Idade Média, mercenários formavam as tropas dos muitos conflitos europeus. Castela, França, Inglaterra, os Papas católicos, todos eles serveram-se de mercenários nas suas luitas entre naçons e mesmo nas internas para acadar os distintos tronos em cruentas guerras dinásticas.

No território que se designa por estes lares e erradamente coma Ocidente fora Carlos VII de França no século XV quem figera uma primeira sugestom cara criar um exército regular permanente. Foi só desde entom que cada reino dessa parte do mundo adicou-se a acadar seu próprio exército, do que o rei ou a rainha detém o poder sobre todas as tropas, nomear seus jefes e oficiais e tamém decretar impostos para que seja o povo quem os mantenham tanto de carne de canhom coma de quartos.

Estes novos exércitos, já podiam deixar de contratar mercenários dado que, no caso de ter necessidade de ampliar suas tropas, tamém tinham direito a reclutar a toda a povoaçom masculina que nom tivera eivas que lhes impediram guerrear e mesmo tinham direito a sequestrar para engrosar as filerias de exércitos de terra ou de mar, nas incursons, conhecidas coma “levas”, nos baixos fundos e nos portos, que eram recrutamentos forçados entre homens sem propriedades, incluindo vagamundos e criminosos e mesmo meninhos.

E assim, tal coma contei ao princípio, só voltamos a saber da existència de mercenários nestes tempos, nestes séculos, quando, em março de 2003, os falsimeios em comandita, disfarçaram o fatal e arcaico palavro e nos serviram o de “contratista civil” para despistar-nos durante a invassom ilegal do Iraque sob a escusa inventada por George W. Bush (e cocelebrada e partilhada por Tony Blair e Bigotes Aznar, na fatídica foto do triângulo das Açores) de que o régime ditatorial de Bagdag, em mãos de Saddam Hussein possuia armas de destruiçom em massa e de que tinha ligaçons com a Al-Qaeda. Só 2 anos depois, em 2005, tanto ianquies coma británicos reconheceram que nom havia nenhuma arma de destruiçom de massas no Iraque, se bem Aznar seguiu nas suas treze de que sim as havia até que em 2007 declarara que tengo el problema de no haber sido tan listo de saberlo antes. Nadie lo sabía”, e ficou tam ancho. Teimudos coma som estes neofascistas do PP… tal qual Fraga, quem morreria dizendo que os atentados nos trens do 11M em Madrid foram coisa da ETA.

Mas… a que vem que agora publique este texto?

Pois a resposta é que, quando os falsimeios de todas as castes e tipos começarom sua campanha orquestrada contra Rússia e a prol de Ucrânia, era impossível escutar ou ler em nenhum falsimeio que Ucrânia estava a fazer uso de mercenários de clara linha ideológica nazista e com simbologia nazista no batalhom AZOV. Mesmo quando já agora é evidente tal qualidade nesse batalhom, falsimeios españoles seguem a tratar de oculta-lo. Um destes falsimeios lá por maio do ano passado intitulava assim uma sua crónica: “Mercenarios israelíes” luchan en Ucrania junto al llamado Batallón Azov, que Moscú califica de “nazi” .

Em troques desde já há meses, falsimeios ocidentais assinalam que Putin dispom de paramilitares mercenários dirigidos polo “oligarca” ruso Yevgeny Prigozhin que, ao entender da imprensa solícita ao Capitalismo, está conformada por brutos sem compaixom que nunca se retiram do campo da batalha e que é tanta a sua maldade que usam reus convictos como carne de canhom.

Assim temos por um lado a uns homes boínhos e encantadores que, ainda que luzam simbologia nazista, som iguais do que nós, incluso algo mais guapos porque tenhem olhos azuis e pelo loiro ou castanho que som contratistas civis e pola contra a uns malvados sem compaixom que som mercenários assassinos que só guerream por dinheiro.

Ah! Igual noutro artigo vos falarei das quantiosas diferências entre um magnífico Emprendendor capitalista e um Oligarca russo despreciável. Ou igual tamém poderei escrever sobre a diferência entre Jornalistas e Mercenários na Imprensa, se bem, neste mundo ocidental no que estamos imersas, por estes lares da primeira categoria ficam bem poucas mostras das que falar, entanto que, da segunda, abondam em demasia, desbordam.

A Manipulaçom do Governo español e dos Mercenários dos meios no caso da galega detida no Irám

Hoje diversos falsimeios recolhem a entrevista duma agência dando voz à galega que estivo encarcerada no Irám e esta deita claro que ela NOM É UMA ATIVISTA e mesmo NEGA TER PARTICIPADO NOS PROTESTOS.

Qualquer parecido com a realidade é PURA MENTIRA MEDIÁTICA !! E o que se despreende tras ler as declaraçons da moça, em pura lógica, é que o GOVERNO PROGRE VENDEU a MOTO da sua LIBERTAÇOM coma se fora uma HEROINA, quando só era uma MOCHILEIRA viajando num mal momento.

Toda quanta parafernália rodeou este assunto nos meios españoles ia acompanhada de fortes críticas ao régime de Irám polos protestos feministas que convertiam de imediato em heroina a nossa vizinha, mas nada mais longe da verdade.

A moça vem de explicar com claridade que ela “entrou em 6 de setembro, nom havia nenhum tipo de protesto nem se lhe vinha vir”.

Com respeito a Irám, di que é o país no que se sentiu “mais segura”. “Pola hospitalidade da gente”. “Fam-te sentir muito segura como se nada te pudesse passar”. Questionada se voltaria, responde: “Se prometem-me que não me vão deter encantar-me-ia voltar”. “Seria injusto julgar a todo o país pola detençom”.

E assim é coma nos manipulam a informaçom

As «Begums» de Bhopal, a «Bagdag da Índia»

Estou a ler estes días «Era Medianoite em Bhopal» de Dominique Lapierre e Javier Moro, um inquedante livro que trata do assassinato em massa dumas treinta mil de pessoas desta cidade índia graças aos efeitos duma fuga de gás tóxico produzida na noite do 2 ao 3 de dezembro de 1984. A responsável, ou mais bem a irresponsável, foi a multinacional de pesticidas ianquie “Union Carbide” e seu letal “Sevin” ao construir a sua fábrica em pleno coraçom de Bhopal polo que, além dessas 30.000 mortes de inocentes, tamém provocara feridas de diversa consideraçom a mais de cincocentas mil pessoas, 500.000!!, meio MILHOM!! na que é considerada, de momento, a catástrofe industrial mais mortífera da história mundial.

Mas nom vou entrar hoje em matéria ao respeito destas barbaridades, resultado do imperialismo capitalista, e que me levaram a escrever no párrafo anteiror esse “de momento”, dado que bem pode suceder uma outra catastrofe que a supere dado o nulo interés das empresas capitalistas em coidar o meio ambiente e a cumplicidade necessária de governos, governinhos e juízes em seguir dando seu visto bo à instalaçom ou permanência de empresas muito contaminantes com só mudar os níveis de seguridade de fumes, resíduos e verteduras a conveniência ou pintar murais de cores nos exteriores desses monstros contaminantes (disso na Galiza sabemos abondo, basta o exemplo de ENCE).

Agora que o status e o papel das mulheres muçulmanas na sociedade moderna segue chamando a atençom do mundo capitalista e dos seus mercenários dos meios, acho muito interesante escrever sobre alguns aspetos que atingem ao governo do lugar onde aconteceu este crime contra a humanidade: Bhopal. Um assunto um tanto peculiar que eu desconhecia (coma tantíssimos outros) e que me surpreendeu, e que, tal qual digem, conhecim graças à leitura deste livro, e que trata da história única duma sucessom de mulheres governantes poderosas num mundo dominado por homens: As Begums de Bhopal.

Situemo-nos no mapamundi e na época

O estado de Bhopal fica na regiom de Malwa, na Índia central, nesse mundo que nos evoca ao “Livro da Selva” de Kipling e a esse imenso país que, na atualidade disputa com a China ser o mais povoado, superando âmbos os 1.400 milhons de almas. Um lugar do que, a maioria das gentes eurocentristas, só quere saber que muitas dessas pessoas passam fome e pese a isso vivem arrodeadas de vacas que nom podem comer porque som sagradas, que se lavam num río cheio de detritus e, as que vam de mais listas, mesmo conhecem que hai uma casta muito pobre à que lhes chamam “Os Intocáveis”, termo que a mim me evoca mais a um grupo de super-heróis ou de bandoleiros do far west.

Lá pola segunda década do século XVIII um general afgano chegara até ali e a fundara e declarara coma capital de seu império. Desde entom é um lugar destacado do património cultural índio e se é conhecida coma a «Bagdag da Índia», nom só é pola qualidade e quantidade de seus paços, suas mezquitas ou seus sobérbios jardins, senom tamém pola sua rica cultura muçulmana, pola sua tradiçom de tolerância e polo progressismo das suas instituiçons.

Bhopal torna-se apôs coma um importante estado principesco na Índia colonial britânica e desde os mesmos inícios da sua turbulenta história, o papel das suas mulheres coma governantes foi vital:

Mamola Bai (1744-95), era uma rajput hindu que casou com o muçulmano Yar Mohammad Khan, embora nom é reconhecida coma uma Begum, governou durante 50 anos coma regenta ‘por trás da cortina’ em nome dos ineficazes filhos que tivera com Yar.

O governo das Begums começa coa formidável Qudsia (1819-37), que assumira o controle coma regenta em nome da sua filha de 15 meses, Sikandar. Ela governou com eficácia enquanto preparava Sikandar para o poder e fora quem lançou as bases para a era de ouro de Bhopal. Entre suas muitas contribuições vitais como líder do estado, dispugera de alojamentos debalde na Meca e Medina para as peregrinas de Bhopal; construira um oleoduto para fornecer água potável gratuita ao povo ou mesmo forneceu fundos da sua conta pessoal para construir uma estaçom ferroviária e trazer o ferrocarril.

Sikandar (1844-68), a filha de Qudsia, assumira apôs o controle e se tornara na segunda begum a governar. Cotam que Sikandar era temível, com uma força física amazônica, mas tamém foi uma típica modernista e reformadora do século XIX. Ela presidira a reforma administrativa, social e educacional e figera de Bhopal um paraíso para os estudos e a cultura e mesmo dotara a cidade dum centro de construçom, artes e ofícios, dum hospital e dalguns dispensários e começara a funcionar um serviço postal único na Àsia de entom.

Sikandar além governou em harmonia entre muçulmanas e hindus. Tornou o urdu coma língua oficial da corte em troque do persa; e mesmo nomeara um Contador Geral que verificaria o desperdício e a corrupçom.

A terceira begum foi Shahjehan (1868-1901), filha de Sikandar, quem trouxe mais reformas ao sistema. Os serviços postais foram modernizados. E deixou uma marca considerável na arquitetura, música, poesia e artes.

A filha de Shahjehan, Sultan Jahan (1901-26), e a última Begum de Bhopal, que tivo que se enfrentar a muitos desafios quando sentou no trono. Jahan nos seus primeiros dez anos de governo, construiu esperança, fé e futuro para seu povo. Apesar de ser muito religiosa e conservadora, Sultan Jahan trouxe reformas educacionais, liberalismo e modernizaçom para Bhopal. Melhorou os sistemas de irrigaçom, da agricultura, e das obras públicas. Melhorou o saneamento, a higiene e o fornecimento de água gratuita.

Sultan Jehan chegou a criar uma instituiçom revolucionária para a época: o “Bhopal Ladies Club” onde as mulheres bhopalis iam a debater livremente sobre sua condiçom e seu porvir. Além abriu institutos técnicos para ensinar artesanato.

Sultan Jahan combinara a piedade muçulmana com uma reforma ardente e tornou-se numa figura internacional como primeira presidenta da All India Conference on Education e primeira reitora da Universidade Muçulmana de Aligarh, sendo uma trabalhadora incansável pola emancipaçom e a educaçom das mulheres, ao ofertar educaçom primária gratuita e multiplicar as escolas de nenas.

E se chegastedes até acá na leitura, alguma se estará perguntando porque um anarquista dá tanta bola a umas regentes ?? Pois porque acho que há um eurocentrismo patente e constante na vissom doutros mundos, e que mesmo muitas ativistas insertas do mundo capitalista seguem a olhar com superioridade no exenta dum certo supremacismo estas outras crenças ou maneiras de viver a vida.    

Ou tamém poida que seja porque som um cizanheiro ao respeito de certos temas e me mola criar polémica. Porque ainda há algo muito importante que nom digem (ou que só escrevim veladamente) ao respeito destas Begums governantes de Bhopal durante mais de um século: Todas elas sempre se monstravam em público ‘por trás da cortina’, é dizer com “BURKA” e praticavam o Purdah, essa prática de impedir as mulheres de serem vistas polos homens que nom sejam seus parentes diretos e que ocorre de duas formas: a primeira é uma separaçom física entre os sexos, e a segunda é exigência de que as mulheres cubram seus corpos e ocultem a sua forma por meio da burka.

Uma definiçom mais “poética” define o purdah coma “uma cortina que torna nítida a separaçom entre o mundo do homem e o da mulher, entre a comunidade como um todo e da família que é o seu coraçom, entre a rua e a casa, o público e o privado, assim como agudamente separa o que é da sociedade e o que é do indivíduo”.

Pois bem essas quatro mulheres begums e mesmo sua precedente a rajput hindu Mamola Bai, pese a ser governantas, levarom sempre burka, agás a última delas Sultan Jahan, que abandonara a prática purdah só dois anos antes da sua morte em 1924, no mesmo ano em que nas españas um tal Primo de Rivera, governava em ditadura e aprovava em tal data coma o 8 de março um Real Decreto que permitia às autoridades eleitorales municipais incluir no censo às mulheres solteiras sempre que fossem cabeça de família, maiores de 23 anos, que nom fossem prostitutas e que seu estado civil nom tivera mudado. Em resposta a isto o jornalista Manuel Cordero, de El Socialista, escrevera “o voto feminino supom um ato revolucionário e parece algo raro que seja um espírito reacionário quem tenha projetado essa reforma na España”. Se bem para quando se convocaram as seguintes eleiçons gerais, o direito ao voto das mulheres já nom estava em vigor e se tivera que aguardar até 1927 para acadar seu pelno direito ao voto.

E se conto tal é porque penso que cada povo tem direito a mudar segundo lhe venha a conta e que a gente alheia em troques de interferir para criticar tanto o que outras fam ou nom fam deveriam de deixar de mirar tanto para seus embigos e olhar mais para essas vigas que tenhem nos seus olhos.

Ah! Um bo remédio para isso é ler e investigar; se bem a tarefas às vezes nom é singela. Para preparar este escrito busquei informaçom sobre estas mulheres na rede e por mais que busquei nom atopei nadinha nem em portuguès nem em castelám nem muito menos no galego junteiro, agás um texto que fala da boa e muito estreita relaçom das begums com os Borbóns; sim dos Borbóns, a raiz de que um destes, Jean Philippe du Bourbon chegara lá por mediados do século XVI à corte de Delhi e lá narrara suas peripécias tras ser prisioneiro de piratas turcos durante uma viagem e ser vendido coma escravo em Egipto. Mas isso já é outra história de tempos pretéritos aos que agora narro.

Disponho acá para quem tenha interés em profundar sobre o tema as ligaçons das que me valim para escreber este texto; além do livro «Era Medianoite em Bhopal» de Dominique Lapierre e Javier Moro.

Book Review: The Begums of Bhopal (2000)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Purdah

The Begums of Bhopal

Los Borbones cristianos indios y las Begums musulmanas de Bhopal

Remato com umas palavras de Javier Moro no passamento do seu companheiro Dominique Lapierre, falecido recém em 2 de dezembro de 2022, que tenhem ilaçom com o livro e que traduzo:

Dominique decidira entregar a maior parte dos direitos de autor do livro que tínhamos escrito sobre a tragédia de Bhopal à construçom duma clínica para curar às vítimas mais graves do envenenamiento por escape de gás. No dia da inauguraçom, fai 22 anos, puidem comprovar com meus próprios olhos como um livro podia melhorar a vida da gente, e isso duma maneira concreta, quotidiana, palpável. Vim coma um trabalho inteletual, que nos tinha custado vários anos culminar, se transformava em… uma clínica. Nesse dia descobrim que só com uma caneta e um caderno pode-se mudar o mundo, ou quanto menos incidir na sua melhora.

Quando cumpriu 50 anos quis dar um sentido a sua vida adicando-se em corpo e alma a uma formidável missom humanitária que mudou a vida de milhons de pessoas (sim, milhons, nom exagero) e tristemente sento que nom tivo o reconhecimento que merece. Vi-lhe advogar polas mais pobres diante os mais poderosos da Índia. Fum testemunha de como milhares de labregos lhe recebiam em currunchos perdidos do delta do Ganges para lhe agradecer sua ajuda, e da inveja que provocava nos políticos locais, incapazes de galvanizar tais multitudes. Isso fazia-lhe tam feliz! Sim, mudava o mundo com os instrumentos que dominava, com a palavra e com a pluma (porque aos computadores chegou tarde).