Arquivo mensal: outubro 2023

Manipulaçom informativa sobre a Apertura humanitária do passo fronteiriço de Rafah

Na leitura dos manifestos da manifa deste domingo em Compostela a prol da Palestina, uma moça palestiniana-galega falou e deitou uma verdade coma um punho ao relatar a falácia da apertura do passo fronteiriço de Rafah para permeter o paso da ajuda humanitária.

Um feito que, no dia anterior, sábado 21, abrira telejornais e informativos radiados e copara as primeiras páginas de jornais eas RRSS, dando conta de tam feliz acontecemento tal qual fosse um ato humanitário do governo assassino de Israel e quantificando em 20, os camions que poideram entrar nesse primeiro dia transportando alimentos, medicinas, ataudes e ajuda humanitária.

A moça, fixo finca-pé na quantidade: 20 CAMIONS !! e ato seguido aclarou (nom som suas palavras exatas): Qualquer sabe que um só supermercado numa cidade coma Compostela recebe um camiom diario de mercaduria para o consumo dum bairro.

Na situaçom atual de Gaza, 20 camions som pouco mais que NADA!!

Isso sim todos os mentireiros destacaram essa farsa de “apertura”

Entrevista com o GRUPO ANARQUISTA PALESTINIANO FAUDA

Há já algum tempo que, no Portal Anarquista, através das RRSS, seguem o grupo anarquista palestiniano Fauda (“Caos” em português; a palavra tem o mesmo significado nas línguas árabe e hebraica). Fauda é um grupo que se reivindica do anarquismo militante, está sediado na Cisjordânia ​​e tem aumentado o volume da sua informaçom, como é natural, desde os atentados de Hamas em 7 de Outubro. Defendem a causa palestiniana na sua complexidade. Agora foram entrevistados pola Federaçom Anarquista Black Rose, dos EEUU.

Há já algum tempo que, no Portal Anarquista, através das RRSS, seguem o grupo anarquista palestiniano Fauda (“Caos” em português; a palavra tem o mesmo significado nas línguas árabe e hebraica). Fauda é um grupo que se reivindica do anarquismo militante, está sediado na Cisjordânia ​​e tem aumentado o volume da sua informaçom, como é natural, desde os atentados de Hamas em 7 de Outubro. Defendem a causa palestiniana na sua complexidade. Agora foram entrevistados pola Federaçom Anarquista Black Rose, dos EEUU.

Reproduzo e publico acá e entrevista traduzida ao português que recolho do Portal Anarquista.

1. BRRN: Podem-nos falar acerca do vosso grupo – quais são as vossas atividades e o que diferencia o Fauda de outros grupos políticos palestinos, como DFLP, FPLP, Hamas, Fatah, etc.?

1. O nosso grupo é conhecido como “Movimento Fauda na Palestina” e é composto por jovens ativistas e académicos de dentro e de fora da Palestina.

O nosso objectivo é reunir todas as forças com diversas ideias e tendências políticas e intelectuais e concentrá-las na luta contra a ocupação injusta e o pensamento racista sionista na Palestina. É por isso que temos boas relações com alguns jovens da fé judaica, alguns convertidos, alguns muçulmanos, cristãos e outros.

A ideia é que muitos palestinos se opõem aos actos racistas e injustos da ocupação sionista, mas não encontram um único eixo em torno do qual possam unir-se. É por isso que vemos frequentemente que, em vez de se concentrarem na luta contra o racismo e o regime sionista do apartheid, eles atacam-se uns aos outros.

Aqui desempenhamos o papel de mediação entre as várias partes para reunir todas as possibilidades e capacidades dos palestinianos para combater o regime do apartheid.

Realizamos diversas atividades, incluindo ensinar aos jovens palestinos como lutar e os métodos de luta e o pensamento anarquista (a unidade educacional). Coordenar diversas vigílias e protestos, alguns pacíficos e outros na forma de black bloc (a unidade executiva). Publicar notícias e tudo o que esteja relacionado com a Palestina e o povo palestiniano, e com o que o exército e os sistemas de segurança israelitas estão a fazer. A supressão das liberdades individuais e sociais, a demolição de casas palestinianas, o assassinato de crianças, os massacres e o genocídio contra o povo palestiniano e assim por diante (Unidade de Notícias). E a divulgação de informações importantes sobre a história da Palestina, a história do conflito palestino e israelense, e as diferenças intelectuais que a nova geração pode enfrentar em relação ao seu passado, porque aqui estamos enfrentando uma guerra feroz na mídia que distorce os fatos e transforma eles em favor de Israel. Como sabem, Israel tem canais que transmitem 24 horas por dia em árabe, a fim de distorcer factos históricos e espalhar a sua falsa narrativa sobre o passado e o que está actualmente a acontecer no terreno (Unidade de Meios de Comunicação Social).

Esta é uma breve visão geral do Movimento Fauda na Palestina.

2. BRRN: O que desejam que os camaradas dos EUA saibam sobre a situação na Palestina neste momento?

2. Em relação a esta questão, quero dizer a todos os nossos irmãos ao redor do mundo, não apenas nos Estados Unidos, para nunca confiarem no que o império global da mídia lhes diz, pois sempre vimos como ele distorce as notícias e as transforma em favor do colonialismo global e da ocupação sionista.

Aqui na Palestina estamos sofrendo. Sofremos por sermos privados dos requisitos mínimos da vida. Quero que saibam que não há um único dia – garanto-vos, literalmente – que não há um único dia em que o exército israelita não prenda um jovem ou uma jovem palestiniana enquanto ela anda na rua.

As áreas palestinianas na Cisjordânia sofrem sempre com cortes de electricidade e de água, quase diariamente. Durante anos, o exército israelita tem tentado deslocar à força algumas áreas palestinianas, a fim de as tomar e construir ali novos colonatos. No passado, o exército praticava todos os métodos repressivos e violentos para limpar estas áreas e deslocar os palestinianos das suas terras, mas recentemente vemos que eles estão a praticar uma política suave para os mesmos objectivos anteriores, ou seja, a deslocação forçada. Esta política branda consiste em cortar a electricidade e a água durante um longo período, não recolher resíduos dessas áreas para que cheire mal nesses locais, realizar exercícios militares perto dessas áreas para prejudicar a população palestiniana , e outras medidas desumanas ações praticadas pela ocupação sionista. Esta é uma parte muito pequena e simples do que acontece ao longo do ano aqui na Palestina, especialmente na Cisjordânia.

Actualmente, no meio desta guerra violenta, as forças de segurança israelitas prenderam um grande número de civis na Cisjordânia sem quaisquer acusações específicas, por medo da eclosão de confrontos na Cisjordânia. Imagine que você está sentado em casa com sua família, e de repente entram soldados israelitas, apontando armas contra si e a sua família, e prendem-no sem ter cometido nenhum crime.. Essa é exatamente a situação aqui. Eu gostava que fossem apenas prisões. Mas em muitos casos, as detenções conduzem a torturas severas nas prisões e até à morte como resultado destas práticas sistemáticas.

Quero que saibam mais uma coisa: a Autoridade Palestiniana e o Presidente Mahmoud Abbas não representam de forma alguma o povo palestiniano. Rejeitamos a Autoridade Palestiniana e rejeitamos Abbas e todos os seus ministros. Não sei se já ouviram falar do acordo de coordenação de segurança entre a ocupação sionista e a Autoridade Palestiniana. Há anos, a Autoridade Palestiniana concluiu um acordo segundo o qual serviria a entidade ocupante em termos de segurança. Isto é, todos os jovens activistas palestinianos que lutam contra a ocupação sionista, de uma forma ou de outra, e que a ocupação não consegue prender, a Autoridade Palestiniana persegue-os, prende-os e entrega-os à ocupação, e depois ninguém sabe que destino é dado àquele jovem ou àquela rapariga. Não nos representam, nem a qualquer outro palestino. São também completamente rejeitados nas ruas palestinas, mas infelizmente são reconhecidos oficial e internacionalmente pelas Nações Unidas e apoiados pelos Estados Unidos da América.

3. BRRN: Como é que viveram a semana passada a semana que passou?

3. A questão não é como vivemos há uma ou duas semanas, meu irmão. Vivemos num estado de opressão e privação de liberdades individuais e sociais durante todo o ano. Sim, na semana passada houve muito mais tragédias e notícias dolorosas do que nos meses anteriores. Recebemos notícias da morte de muitos dos nossos familiares e amigos em todos os territórios palestinianos. Isto é muito doloroso. Temos muitos amigos na Cisjordânia e em Gaza. A população palestiniana em Gaza vive actualmente numa situação muito perigosa. Durante mais de três ou quatro dias, eles [as forças de ocupação israelitas] cortaram a electricidade e a água na Faixa de Gaza. Quando a electricidade é cortada, muitos serviços sociais param, especialmente hospitais. O bombardeamento continua contra o povo de Gaza 24 horas por dia. Mesmo no meio da noite eles bombardeiam esta pequena área. Israel bloqueou completamente esta área. As pessoas nem conseguem escapar deles. A ocupação impede que a ajuda humanitária chegue a Gaza. A ocupação proíbe comida, proíbe água, proíbe remédios e tudo mais. Gaza tornou-se uma pequena masmorra, bombardeada por todos os lados e lugares. Imagine que uma mãe vê seu filho ferido e sangrando, mas não há nenhum hospital prestando serviços devido a uma queda de energia. Como é que você poderia descrever os sentimentos dessa mãe?

Meu irmão, as palavras não podem descrever o que está acontecendo aqui. Esta área tornou-se um inferno por causa da ocupação e da presença do sionismo aqui.

4. BRRN: Que movimentos na Palestina acham mais importantes para o futuro dos palestinos e por quê?

4. Precisamos de movimentos juvenis que acreditem na possibilidade de libertação e que trabalhem para construir a unidade com o resto dos movimentos e tendências na Palestina. A experiência provou que um movimento sozinho não pode realizar uma grande conquista que conduza à libertação da Palestina. Precisamos todos de lidar uns com os outros, sejam muçulmanos, judeus, cristãos, convertidos, anarquistas e outras ideias que existem na arena palestina. Isto é o que procuramos: reunir todos sob uma única bandeira e com um objectivo, que é combater o sionismo, libertar a Palestina e restaurar a nossa liberdade. É claro que existem muitos movimentos na arena palestiniana, incluindo os Lion’s Den of Nablus. Mas a cova dos leões não é o único movimento. Existem muitas outras tendências e movimentos, incluindo lutas laborais, que lutam com toda a sua energia, mas devido às rigorosas condições de segurança e às políticas repressivas sistemáticas praticadas pela ocupação e também pela traidora Autoridade Palestiniana, não são vistos de uma forma visível e significativa. maneira em público. Porque precisamos sempre ter cuidado e cautela. Por esse motivo, não pude realizar uma entrevista em áudio ou vídeo com você.

5. BRRN: Em 2021, palestinos em toda a Cisjordânia, Gaza, e mesmo aqueles que são cidadãos de Israel, participaram numa greve geral em reacção aos despejos de famílias palestinianas em Sheikh Jarrah . Qual o papel que podem ter paralisações e greves gerais neste período?

5. Penso que já ultrapassámos a fase das greves gerais em Israel. É claro que não quero negar a importância das greves e a sua eficácia, mas a situação aqui na Palestina e a experiência provaram que a única solução é a luta e mesmo a luta armada contra o regime do apartheid.

A ocupação não hesita em cometer qualquer tipo de crime, injustiça ou perseguição.

Mesmo que você tenha uma profissão ou uma loja e entre em greve, o resultado será que eles irão roubar a sua loja e entregá-la a outro sionista, ou irão demiti-lo do seu emprego, e assim outro sionista assumirá o emprego. Facilmente!

As condições aqui são completamente diferentes do que se está a viver nos Estados Unidos, meu irmão.

6. BRRN: Acreditam que há alguma esperança de que um grande número de israelitas da classe trabalhadora abandonem o sionismo – como um pequeno número de anarquistas e socialistas fizeram, ou acham que a relação com o colonialismo port parte dos colonos é forte demais para que eles a possam superar? ?

6. Os sionistas que estão aqui nos territórios palestinos vieram para cá com base no princípio ideológico de que esta terra é a sua terra e que o povo judeu é o povo escolhido. É claro que todos os que acreditam neste princípio e adoptam esta ideologia não podem abandonar facilmente o sionismo, nem reconhecer a liberdade dos outros e o princípio da igualdade entre os seres humanos.

Mas fazemos uma distinção entre sionismo e judaísmo. Temos amigos judeus que falam hebraico e acreditam na Torá, mas não acreditam no sionismo e até nos ajudam nas nossas atividades contra a entidade ocupante. Portanto, sim, esperamos que o número destas pessoas aumente e que muitas delas, especialmente na classe trabalhadora, abandonem este princípio ideológico racista que não tem qualquer ligação com o Judaísmo. Nós acolhemo-los e recebemo-los de braços abertos, e podemos trabalhar com eles e viver juntos em paz.

7. BRRN: Que actos de solidariedade consideram ser mais eficazes para a libertação da Palestina e que posam ser postos em prática pelos camaradas nos EUA?

7. Penso que a coisa mais importante que se pode fazer é apoiar os meios de comunicação social aos palestinianos. Pode-se explicar ao povo dos Estados Unidos a questão palestiniana tal como ela é, e não de acordo com a falsa narrativa israelita. Você pode publicar notícias e eventos que acontecem na Palestina. Existem muitos vídeos e fotos dos crimes diários da entidade ocupante em websites palestinos. Também publicamos estas notícias ns nossa página do Instagram @fauda_palestine e em nosso canal Telegram @fauda_ps . Você pode traduzir esta notícia e transmitir os factos aos nossos irmãos nos Estados Unidos. Não façam da mídia oficial e dos canais americanos e israelitas as vossas únicas fontes de onde recebem notícias e acompanham os acontecimentos. Sigam também a mídia palestina. A mídia palestina enfrenta um grave apagão mediático. É preciso acabar com este apagão e chegar a alguns dos acontecimentos actuais na arena palestiniana.

Um aspeto da Guerra da que nenhum meio fala: Colonos Estrangeiros Armados até os Dentes e Muito Violentos!!

Em 24 de junho deste ano de 2023 o jornalista e escritor Pablo Jofre Leal, autor do livro “Palestina. crónica de la ocupación sionista” sobre a história e luita do povo palestiniano, escrevia no seu blogue de Telesur, o seu artigo Resistência Palestiniana ante o Nacionalsionismo Israelita sobre a situaçom na altura dessa data, apenas há 4 meses. Uma visom do conflito que abre os olhos de quem queira ver e de quem nom tenha uma venda nazista para nom ver o evidente.

Colo e traduzo acá e agora (a imagem está tamém recolhida desse artigo de seu) porque fai uma referência clara a quem ele define coma “supostos civis que conformam a povoaçom de colonos, assentados em cham palestiniano em clara violaçom do direito do povo palestiniano e do direito internacional” e que acadam a cifra de 650 mil colonos armados até os dentes, violentos e dispostos a matar!! e tamém porque dava já conta por entom das intençons do governo israelita de acometer uma grande operaçom de eliminaçom e assassinato do povo paestiniano e assimesmo duma mudança para milhor na qualidade e quantidade das açons de resitência do povo palestiniano

Resistência Palestiniana ante o Nacionalsionismo Israelita x Pablo Jofre Leal

A cada dia fica mais em evidência, que as forças da resistência do povo palestiniano, tanto em qualidade das suas operaçons militares, como em quantidade de combatentes representa um perigo incremental, para as forças de ocupaçom do regime nacionalsionista israelita e para boa parte duma sociedade, que estám a tomar seus apetrechos e liscando duma terra que nom lhes pertence (1)

Já as armas da resistência e suas diferentes organizaçons, movimentos e façons nom vam ficar caladas, assim seja na Faixa de Gaza -que sofre um férreo bloqueio, terrestre, aéreo e naval desde o ano 2006 até a data-, coma em Cisjordânia -onde os combatentes palestinianos intensificaram suas açons nas cidades, principalmente em Jenin, Ramallah, Nablus, Ao Jalil, gerando baixas tanto nas tropas de assalto SS (soldados sionistas) coma na dos colonos que exercem labores de paramilitares nas zonas adjacentes aos assentamentos que rodeiam as principais cidades cisjordanas.

Um exemplo da qualidade destas açons de resistência, é que estám a ser reconhecidas inclusive por membros do exército sionista.

Tal é o caso do general de divisom Gershon Hacohen para quem os combates que têm acontecido nas últimas semanas na cidade Cisjordana de Jenin representa “um feito sem precedentes que representa uma mudança estratégica que está a enfrentar o exército da ocupaçom em Cisjordânia, como tamém a evidência do alinhamento das forças palestinianas”. Segundo reconheceu ao portal Kipa, consignado polo meio libanês Al Mayadeen (2): em Jenin nom se tratou só da açom duns poucos combatentes armados, senom duma batalha que implicou a presença dum cento de fedayins palestinianos que enfrentaram às tropas de assalto SS, obrigando-lhes a fugir e que obrigou ao comando central nacionalsionista enviar helicópteros artilhados Apache – de fabricaçom estadounidense – para resgatar seus soldados. Uma açom que nom se realizava desde fazia dois lustros e que significou o assassinato de 5 civis palestinianos, entre eles uma menor de quinze anos.

As palavras de Hacohen complementam as declaraçons do 14 de maio de 2023 (Saba): do maior general retirado do exército sionista, Yitzhak Barik, quem admitira que a operaçom palestiniana denominada “Vingança dos Livres” impulsionada pela Yihad islâmica e que gerou o lançamento de centos de foguetes sobre cidades e alvos militares na Palestina histórica ocupada, “foi um triunfo do movimento palestiniano já que Israel foi incapaz de deter esse lançamento” (3).

A evidência que a estratégia de resistência do povo palestiniano mostra força e uniom, mudando as regras que até agora se desenvolviam em completo benefício das forças ocupantes que hoje devem reorientar a profundidade estratégica de suas açons.

As açons palestinianas tamém estám atingido àqueles supostos civis que conformam a povoaçom de colonos, assentados em solo palestiniano em clara violação do direito do povo palestiniano e do direito internacional. Estes colonos, que em número de 650 mil habitam em verdadeiros guetos ao redor das cidades, povos e aldeias palestinianas, protegidos por muros de concreto de 9 metros de altura, vigilância electrónica, patrulhas militares…, com estradas exclusivas para seu uso e comunicaçom entre assentamentos judeus. Som estrangeiros armados até os dentes, violentos e volume de votos dos seitores políticos mais extremistas da administraçom israelita, representados por personagens como Itamar ben Gvir – ministro de seguridade nacional – e Bezalel Smotrich, ministro de Finanças. Ambos com um discurso e uma prática que chamam a exterminar à povoaçom palestiniana, arrasar suas vilas e aldeias, expulsar de suas terras, gerar a ocupaçom total de Cisjordânia. Smotrich tem assinalado sem equívocos que “a terra de Palestina é exclusivamente para os judeus e que nom se reconhecem os direitos nem a existência mesma do povo palestiniano” (4)

As açons de resposta dos combatentes palestinianos geram o desespero e exacerbam a ideologia criminosa de personagens como o ministro de Seguridade Nacional, Itamar ben Gvir quem depois da operaçom de represália, que significou a morte de 4 colonos sionistas no assentamento ilegal de Eli em Cisjordânia, assinalou “Somos uma presa fácil. Devemos realizar uma ampla operaçom militar e retomar a política de assassinatos selectivos em Cisjordânia. Precisamos derrubar seus edifícios e impor a pena de morte aos condenados por terrorismo contra cidadáns israelitas”.

As palavras de ben Gvir reforça os demónios do extremismo da ultradireita política e religiosa e inclusive a simpatia das comunidades sionistas no estrangeiro, que argumentam da mesma maneira que o colono extremista, membro da administraçom de governo do premiê Benjamin Netanyahu. Mas… sua narrativa belicista e de exterminio nom pode ocultar a realidade: a morte destes colonos e de todos aqueles que usurpam o território de Palestina, desde o ponto de vista do direito à resistência contra um ocupante estrangeiro, tem toda a validade e respaldo moral e legal.

O povo palestino, como povoaçom que sofre uma ocupaçom ilegal, considerada como um processo onde os crimes de guerra e lesa humanidade estám absolutamente comprovados, têm direito à resistência e isso é, além de innegável, indiscutível e mesmo um dever.

Prova do assinalado é o feito, que em 19 de junho O Alto Comisionado das Naçons Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou energicamente a deterioraçom da situaçom de direitos humanos que sofre o povo palestiniano. Mencionando o uso excessivo da força e os assassinatos ilegais por parte da entidade nacionalsionista, incluindo as execuçons extrajudiciais. Declaraçons dadas a conhecer na abertura da 53º sessom ordinária do Conselho de Direitos Humanos em Genebra, que serviu, ademais, para condenar o translado forçado de palestinianos por via de despejo, roubo de vivendas, expansom dos assentamentos e os crimes perpetrados polos colonos junto às tropas de assalto da SS (soldados sionistas)

Palestina nom decae em seu objectivo de autodeterminaçom, decisom que implica a eliminaçom do sionismo como tamém a depuraçom daqueles políticos que lhe figeram enorme dano à luita pola liberdade, já seja polas coordenaçons de seguridade com o ocupante, elementos que têm aproveitado suas responsabilidades para se enriquecer ou lisa e claramente traidores, ao serviço do criminoso. É todo um conjunto de elementos a ter presente. Os dirigentes e povo em resistência tenhem claro que essa resistência e a unidade de açom, é a estratégia mais adequada e eficiente, que vai permitir pôr fim ao processo de ocupaçom que se estende já por 7 décadas.

E neste objectivo, sigo as ideias expressadas polo analista OIraib al Rantawi que adverte a necessidade de ter cuidado com aqueles que propõem o chamado projecto de trégua em longo prazo, que se pode converter “num dos maiores perigos às aspiraçons de libertaçom: subvertir por completo a doutrina da chamada unidade de areias e deixaria a Cisjordânia vulnerável na sua guerra final contra os assentamentos, o racismo e a agressom. Ademais, neutralizaria as energias das façons, que têm acumulado experiência e habilidade na luita contra a ocupaçom. Israel com isto o que procura é perpetuar a divisom e neutralizar Gaza, para poder se centrar livremente em devorar o que fica de Cisjordânia, enquanto fai preparativos, para enfrentar ao caos potencial do colapso da Autoridade Nacional Palestina e à luita pola divisom e distribuiçom do poder” catalizada polo regime nacionalsionista.


NOTAS

(1). Miles de israelitas aceitaram uma oferta de cidadania de Portugal dirigida às descendentes de sefarditas que foram expulsos da Península Ibéria nos tempos da Inquisiçom española. Algumas das solicitantes desejam transladar-se a Portugal, ou utiliza-lo como um trampolim às oportunidades educativas e operárias da UE. Outras, por sua vez, procuram uma via de escape ao turbulento Oriente Médio. O advogado lisboeta experto em imigraçom Renato Martins disse que muitos de suas clientes sefarditas vêm o “potencial de investimento” dum passaporte português, especialmente no seitor imobiliário. Silva disse que a maioria das 44.000 solicitaçons recebidas desde que se abriu a oferta portuguesa em 2015 procedem de Israel. Ilan Dahan, um pai de três filhos de 48 anos originario de Haifa transladou-se a Portugal depois de obter a aprovaçom em 2017: “Hávia muitas guerras, muitas balas. Queríamos estar seguras, especialmente com as crianças”.https://www.reuters.com/article/israel-portugal- idLTAKBN1YD1K5

(2).    https://espanol.almayadeen.net/news/politics/1713961/-israel–se-enfrenta-a-un-cambio-estratégico-en-cisjordania

(3).    https://www.saba.ye/es/news3240256.htm

(4).    https://www.monitordeoriente.com/20230327-smotrich-exhibio-la-descarada-arrogancia-israeli-y-expuso-la-fragilidad-palestina/

Paradoxos da vida… ou nom? A Europa rica aliada do Genocida Israelita

“Numa comunidade sem acesso a livros voltarias-te tam primitiva e incivilizada como o ocupante quer”.

Voltamos aos tempos das caças de bruxas e da queima de livros. Adania Shibli

A feira do livro de Frankfurt, uma das principais a nível mundial comunica que nom fará entrega à autora palestiniana Adania Shibli do #liberaturpreis, prêmio anual para mulheres escritoras que a cada ano distingue a uma autora de África, Ásia, América Latina ou o mundo árabe e que se apresenta nesta Feira do Livro de Frankfurt.

A autora de “Um detalhe menor” foi finalista do National Book Award 2020 e do National Booker Prize em 2021. A novela situada em 1949 relata como uma moça palestiniana é violada e assassinada por soldados israelitas e como, décadas mais tarde, uma jovem jornalista israelita pesquisa o crime. Escrito originariamente em árabe, está traduzido ao inglês, castelám e alemám.

Dizer que, segundo contam em Hoja de Lata Editorial (onde publicaram sua novela em castelám ) já há um Manifesto internacional de condena do castigo a Adanía Shibli ao cancelar a entrega do prémio nessa Feira do Livro, assinado por editores/as, livreiros/as, tradutore/as, escritores/as de todo mundo.

Tamém as organizadoras, LitProm, tiraram seu Comunicado de imprensa na que asseguram que a decisom de pospor a cerimónia é “consensuada” com a autora, mas a agência literária de Shibli afirmou a meios como o Guardian e o New York Times que nom foi tal e que a escritora houvera querido ter a oportunidade de falar do papel da literatura em tempos convulsos como o atual.

Pola sua banda (criminal) o diretor da Feira de Frankfurt, Juergen Boos, afirma num seu outro comunicado que a organizaçom da Feira condena “o terror barbárico de Hamás contra Israel” e acrescenta que a feira “decidiu espontaneamente criar mais espaços de programaçom para as vozes israelitas”.

Terrorismo. Um palavro oportunista na história

O Estraviz -na segunda acepçom do termo “Terrorismo”– define tal coma “forma de açom política que combate o poder estabelecido mediante o uso da violência”

Visto tal, eu suponho que para Abascal, Feijóo e suas fanáticas siareiras… Hamás, que luita por quitar-se de enriba aos usurpadores e invasores da terra na que o povo palestiniano mora desde há séculos som só uns TERRORISTAS… entanto Israel, naçom colonialista e invasora, tem tudo o direito a bombardear indiscriminadamente contra o povo palestiniano, mesmo contra crianças, gente anciá e demais inocentes.

Presuponho que, estes elementos, se tiveram vivido na época em que as tropas de Napoléon Bonaparte invadiram a península ibérica, tamém sinificariam coma TERRORISTAS a todos aqueles e aquelas que se ergueram contra o poder estabelecido com armas e dispostos a matar.

Dado que, o que na altura era uma España invadida, nom havia um exército próprio tras a invasom das forças napoleónicas; senom só grupos de gerrilhas que foram declaradas ilegais polo governo instaurado sob o reinado de Pepe Botella, José I Bonaparte, tal qual como agora o governo sionista chama de terroristas aos gerrilheiros de Hamás ou da Jihad islámica.

Assim, aquelas pessoas que se passaram à história oficial das españas coma heróis e heroínas; suponho que a olhos destes retrógados deveriam ser considerados coma TERRORISTAS dado que, tal qual fam agora ativistas de Hamas, estas tamém atuavam contra da legalidade vigente baixo a criminal Guerra das Guerrilhas.

De tal jeito seriam TERRORISTAS Agustina de Aragón, Francisco Espoz y Mina, Juan Martín Díez, “el Empecinado” ou Jerónimo Merino, “el Cura”, entroutras muitas.

Mas, claro está, nom vai ser nunca esse o caso, porque os patriotas espanhois nunca serám considerados terroristas por estes fascistas, por mais que cometeram atos criminosos a esgalha, tal qual figeram os “descobridores” e toda essa calanha franquista.

COMOCHOCONTO.- Israel e Palestina

Programa emitido pola rádio Kalimera lá por novembro de 2006.

Já vai muito tempo disto, mas o que acá se conta é um conflito que vem de muitos anos há, polo que, por desgraça, ainda segue vigente e apenas mudou nada desde entom: A ONU e a suposta Comunidade Internacional seguem olhando cara outro lado e permitindo que os sucessivos governos de Israel segam incumprindo a Resoluçom acordada em 29 de novembro de 1947 e fazendo quanto lhes peta, roubando território a mão armada, tanques, mísseis terra-ar,… e tudo quanto armamento lhes servem os seus amigos matons, comandados por todos os governos havidos e por haver dos EEUU.

Neste programa transmitim as palavras dumas compas solidárias que se deslocalizaram até Israel e Palestina numa crónica no que dam conta do que lá virom e vivirom.

Além dou leitura a alguns textos sobre essa parte do mundo e tamém profundo numa crítica sobre o papel dos falsiméios ao falar disto.

Podedes escuta-lo acá:

Para descargar em mp3 clicade acolá

Palestina resposta ao acoso continuado de Israel

A finais do mes passado, ao uníssono, mercenários e mercenárias dos meios oficiais e oficiosos, davam conta dum sucesso doloso acontecido num instituto de Jerez de la Frontera: Um meninho de 14 anos ataca com coitelos a 3 profes e a 1 companheiro

Nos dias seguintes, todos esses falsimeios volviam a concordar nas suas crónicas sobre o fatal sucesso ao assinalar que o rapaz autor das coiteladas sofria acosso desde havia 2 anos e mesmo recolhiam as declaraçons do meninho:

Surpreendeu-me por entom tanta simbiose mediática !!, acho que tanta concordância obedeceu simpesmente às evidências que demonstravam que o sucesso no Instituto fora consequência duma situaçom na que o rapaz sofria dum continuado acosso por vários de seus supostos compas entanto profes faziam-se os repelados e o resto do insti olhava cara outro lado.

Aos poucos todas as receitoras de tais notícias no estado espanhol tiravam a mesma conclussom inequívoca:

O rapaz atuara em legítima defessa, inda que se lhe fora das mãos !!

Hoje, dias após do ataque inesperado duma guerrilha palestiniana nos seus territórios -esses que Israel vai ocupando ilegalmente -quanto e quando lhe peta desde anos há- entanto governos amigos olham cara outro lado ou fam-se os repelados– nom atopo nenhum mentireiro, nem nenhum mercenário dos meios, onde se faga uma analise tam meditada sobre o sucesso, tal qual figeram para com o meninho jerezano.

Na TVE do governo español mais progre, convidaram de imediato à portavoz da embaixada do governo israelista, uma tal Tal Izhacob, quem estivo durante vários minutos reiterando sua mensagem culpabilizadora : Hamás, “Terroristas”, “Bárbaros”…

Além, de imediato a voz do primeiro ministro do governo israelita, Netanyahu, ouvia-se nas RRSS e nos mentireiros do mal chamado mundo livre, declarando a Guerra contra o povo palestiniano coma resposta a “uma agressom terrorista sem precedentes” e agradece a Biden e aos governos do que ele chama “mundo civilizado” o seu apoio nesta guerra:

E tudo isto sucede sob a cúmplicidade dos governos do chamado Ocidente rico, que desde sempre e independentemente da sua ubicaçom -a diestra ou a sinestra nos para-lamentos respetivos- apoia a Israel e criminaliza e silência a Palestina nesta guerra que vem de muito longe tal qual denúncia o representante da Autoridade Palestiniana por estes lares, Husni Abdel Wahed:

Mentras ucranianos tenhem direito a se defender do invasor… palestinos nom temos esse direito. E lamentavelmente na Europa e Ocidente tenhem o monopólio de qualificar e desqualificar e designar quem som os bos e os maus; e lamento que nenhum líder europeu, nenhumo, figera uma referência à ocupaçom isaraelita.

Surpreende (se bem a mim já nada me surpreende dos mentireiros) que agora está em boca de todas a situaçom que se vive nesse conflito, como se fosse de agora, pois entanto as vítimas só som palestinianas há um silêncio mediático total, mas em quanto há um par de vítimas israelitas, ou uma só, já e tema prioritário em todos os informativos sob um prisma totalmente favorável aos intereses do governo israelita e de seus amigos europeus e americanos; num operativo de guerra informativa, numa campanha mediática orquestrada onde toda a povoaçom de Gaza som terroristas, mesmo as meninhas de curta idade, que merecem morrer de fome e de sede coma consequência do bloqueio por parte do governo de Netanyahu.

Seguirei informando…

Bancos de Alimentos, Desperdícios e Opus Dei

Este recorte dum falsimeio qualquer foi publicada em vários jornais na sexta feira passada co galho dum desses dias internacionais que se inventarom quando lhes petou: Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar !! proclamado na Resoluçom 74/209, adotada na Assembleia Geral da ONU em 19 de dezembro de 2019 para, segundo contam, sensibilizar as pessoas para evitarem o desperdício alimentar cara adotar um sistema alimentar justo, saudável e respeitador do ambiente.

Até soa bem a proposta!! Se nom prometera falsas soluçons e senom buscara só lava-la cara a um Capitalismo injusto, nada saudável e sem respeito polo meio ambiente.

Suponho que, desta culpa, estarám exentas todas aquelas pessoas que subvivem ou malvivem nos paises desenvolvidos. Essas que, desde anos há, som perseguidas e consideradas delinquentes polo feito de se atrever a rebuscar restos de comida nos contentores das grandes superfícies comerciais ou supermercados; ou mesmo todas aquelas migrantes e/ou refugiadas que som encirradas nos cárceres de estrangeiria destes países capitalistas, só polo feito de ter nascido num lugar empobrecido do planeta. No estado español falam 1,2 milhons de beneficiárias das 400 mil toneladas salvadas polo bo fazer dos Bancos de Alimentos !!

Suponho além, que tamém estarám exentos as gentes que sobrevivem em todos os paises empobrecidos pola açom do capitalismo internacional, pois lá pouco pode sobrar, mesmo que haja gente adinherada nesses lugares que desperdície.

Mais nada dim da injusta distribuçom dessas toneladas. Se sobram é porque vam a parar onde nom se precisam entanto no mundo atual … UMA PESSOA MORRE DE FOME CADA QUATRO SEGUNDOS !!

E digo eu que essas “entidades benéficas” estarám formadas por pessoas muito caritativas, dessas às que nunca lhes falta nada no prato. Se sentirám muito bem consigo mesmas, entanto seguem participando em manter as coisas coma estám e nom mudar nada porque o Capitalismo democrático é o milhor dos mundos possíveis.

Quanto menos, sim celebram o éxito de ter evitado que 400.000 toneladas das que lhes sobravam, as derivaram para as pobres. E mandam seu contente para que saia refletido nos mass merdas coma uma boa coisa que celebrar conjuntamente coa Asociación de Fabricantes y Distribuidores, esses que primeiro fabricam e distribuem toneladas que nom se precisam e depois dám-se palmadas no peito por reencaminha-las aos Bancos de alimentos para que cheguem por via caritativa aos fogares que vem proibitivo ir mercar esses produtos quando estám nas alazenas dos supermercados.

Isso sim, o roubo de alimentos segue estando castigado no Código Penal com pena de cárcere de 2 a 5 anos !!

De todas é sinificativo coma desde o Banco de Alimentos se tiram flores do seu bo fazer com respeito à comida salvada de ir parar ao lixo. Será que detrás desta entidade supostamente formada por voluntariado, estám coma entidades colabouradoras bancos, grandes supermercados, meios de comunicaçom ou empresas de seguros privados!! Todas elas muito compromentidas com acadar uma sociedade mais justa e saudável (deixade-me que me ria…)

Tal coma contam as compas de Burbuja.info detrás há intereses muito interesantes

Através do Banco de Alimentos apressenta-se-nos às grandes empresas de distribuiçom, bancos e executivos de grandes empresas como entes altruistas. Estas empresas revendedoras controlam o 70% do mercado de alimentos e quem melhor do que elas para liderar esta grande obra benéfica.

No entanto os motivos destas alianças aparentemente solidárias, introduzem componentes de rentabilidade económica. Pudesse parecer que as grandes revendedoras de alimentos se achegam a este tipo de atividades filantrópicas só com a intençom de melhorar sua imagem de empresa. Mas, além do efeito publicitário, um interessante negócio esconde-se por trás da relaçom destas empresas de distribuiçom com o Banco de Alimentos. Que conseguem as grandes empresas de distribuiçom com esta suposta doaçom?

  • Que nom se produza uma queda de preços dado que estes alimentos nom entram direitamente no mercado.
  • Melhora as suas imagens corporativas.
  • Nom têm custos na destruiçom desses excedentes.
  • Nom têm custos na distribuiçom pois fai-no um exército de voluntariado.
  • As doaçons, de qualquer tipo, desgravam um 35% no Imposto de Sociedades
  • À gente pobre acostuma-se-lhe à beneficência, como se fosse lei divina, que haja ricos e pobres.
  • Os Bancos de Alimentos minam ainda mais as vendas do pequeno comércio nos bairros com mais miséria.
  • Por um lado agasalham seus excedentes e por outro destroem ao pequeno comércio com suas marcas brancas fruto da sobreexploraçom em origem e a que aplicam a seus próprios trabalhadores

Mas por se estes benefícios às grandes superfícies fora pouco, num perverso exercício de nova filantropia, desde os meios de comunicaçom apelam à cidadania a campanhas de “Grande Doaçom de Alimentos”. Sob esta pressom mediática, que habitualmente costuma enmascararse com o rigor informativo, leva a que esquecemos que por trás da palavra “doaçom” fica agochada a mercantilista palavra “compra de alimentos”. Os alimentos “doados” em realidade som adquiridos polas cidadás solidárias nas grandes superfícies onde estrategicamente estám localizados os pontos de recolhida do Banco de Alimentos. Produz-se assim um incremento de suas cifras de negócio e benefícios.

Parece evidente que para além do mero efeito publicitário, o Banco de Alimentos resulta um pingüe negócio para algumas empresas. No entanto, por trás da beneficencia, encontram-se outros interesse mais espurios capazes de unir ao OPUS, entidades financeiras, grandes empresas trasnacionales e seguradoras privadas. Nos Think Tanks onde O Grande Capital desenha sua estratégia futura, negócios mascarados como iniciativas solidárias ocupam um lugar destacado. Em tempos de crises as iniciativas como a do Banco de Alimentos, cumprem com uma dupla funçom social:

  1. Por uma parte servem de antídoto contra a mobilizaçom, tranquilizando as consciências de solidárias doadoras e indignadas com a injustiça social. Estas açons que apelam direitamente à necessidade e tocam o fundo do coraçom, nem se questionam nem se propõem dar resposta às injustas causas que geram a fome. Nom questionam desigualdades sociais, a beneficencia sempre foi uma resposta solidária vertical (de acima a abaixo).
  2. Por outra parte, recupera-se a velha estratégia de reforçar as estruturas benéficas generadoras de dependência, com ânimo de mitigar a possível resposta social daquelas pessoas em situaçom de necessidade extrema e que já nom têm muito que perder.

As vinculaçons do Banco de Alimentos com o Opus Dei

Nom só é porque som muitos os supernumerarios em postos de responsabilidade de dito Banco. Conquanto pudesse parecer casualidade o que destacados membros da Prelatura pessoal da Igreja Católica ocupem cargos de responsabilidade no Banco de Alimentos, isto nom deixa de resultar llamativo. Que interesse respalda esta presença?. Esta é só fruito do compromisso pessoal ou responde a uma estratégia a mais fundo calado?

Esta presença chama mais a atençom se temos em conta que nas cúpulas das grandes empresas financeiras e de distribuiçom que colaboram com este Banco de Alimentos, abundam também membros desta prelatura e que quando isto é nom assim, uma parte importante de seus cargos executivos se formaram na escola de negócio do OpusDei, a IESE.

Quiçá as declarações que podemos ver no seguinte vídeo (a partir do minuto 5:00) de Jose María Zarate, presidente do Banco de Alimentos de Valladolid hai 12 anos aos voluntários possam-nos aclarar este ponto: “Lo que si que te digo es que a las 12 paramos a rezar el Ángelus”