Recolho duma RRSS, que nom vou mentar nem ligar, estas respostas do Dr. Rafael Gazo, da plataforma “Médicos por la verdad” ao presidente dos Colégios Médicos españois, Sr. Serafín Romero Agüit, á nota informativa desta entidade oficial publicada em 27 de agosto passado, na que ameaçam com abrir expediente a todas as sanitárias envolvidas nesta “plataforma”, às que consideram “NEGACIONISTAS”, sob a escusa de “por se existira algum comportamento que vulnere os artigos recolhidos no Código Deontológico dos Colégios Médicos com respeito ao tratamento informativo diante da COVID-19”.
Dizer prévio que esta plataforma de “Médicos por la Verdad” jurdira há uns meses pola necessidade de algumas das suas colegiadas em dar uma resposta sincera em diante das medidas, supostamente preventivas, tomadas polas autoridades sanitárias españolas. Chamam-lhes, coa conivência de falsimédios tudos, de “negacionistas” porque consideram que coisas como a obrigatoriedade de levar “MASCARILHAS” postas mesmo quando passeias sozinha ao ar livre por um monte coma uma “BARBARIDADE” e que a atitude da maioria das colegiadas médicas é “COBARDE” e a do Colégio Médico “UMA AUTÉNTICA VERGONHA”.
Recolho (traduzidas) estes extratos da sua CARTA ABERTA ao Sr. Serafín Romero Agüit, presidente do CGCOM:
Ilustre colega:
Eu, adianto-lhe, só sou um médico de família jubilado desde 2015, e ao que parece pertenço tamém a essa nova especialidade de “médicos negacionistas”.
Levava 5 anos jubilado quando começou este pesadelo, (eu o vivo assim), como o fam milhons de espanhóis. E passei de desfrutar de meu merecido descanso fazendo o que gostava, a tentar, com a única arma que tenho: a linguagem escrita e falada, mostrar a minha discrepância pela gestom da mesma.
Quando se apresentam situaçons novas e agressivas, a um ao princípio domina-lhe o estupor, mas depois a essa surpresa segue-lhe a REFLEXOM. Por isso, depois de uns primeiros dias, onde o bombardeio de notícias era incessante, e os dados muito preocupantes, comecei a sacar conclusons sobre as medidas que se estavam a tomar para frear a nova pandemia.
Você que ocupa e tem ocupado cargos tam importantes e de tanta responsabilidade imagino que, com uma visom mais ampla que a minha, tamém terá sacado muitas conclusons. Nom si?
Permitirá-me e desculpará roubar-lhe um pouco de seu valioso tempo para poder expressar-me com detalhe, já que no escrito da organizaçom que preside refere a pontos diversos que precisam bastantes esclarecimentos, e ademais em dito escrito vertem-se ameaças de expedientes sancionadores aos colegiados que “ponham em risco a saúde de todos”.
Vou ser-lhe muito sincero, e vou confessar-lhe a principal causa que me decidiu a enfrentar-me à normalidade institucional desde meu pequeno foro duma RRSS, que naquelas datas liam escassas 15 pessoas. A decisom surgiu quando vi à polícia, sujeitar violentamente a uma moça que berrava angustiada, e cujo delito tinha sido sair a correr livremente, fazer algo de desporto, encher-se os seus pulmons de ar limpo, reforçar em definitiva, como você sabe, seu sistema imunitário, a melhor arma para lutar contra qualquer processo infeccioso em geral e viral em particular. E o que mais me decidiu nom foram seus lastimosos gritos da pobre rapaza, senom os acusadores e agressivos insultos que os depois denominados “polícias do balcom” lançavam sobre ela. Se umas cidadás, pacíficas e normais até entom, eram capazes de insultar gravemente a uma rapariga pelo simples feito de correr polo seu bairro, algo MUITO GRAVE se estava a passar em Espanha.
Pergunto-lhe; Você quando estudava, estou seguro que as mesmas matérias do que eu, escreveu nos seus apontamentos ou leu nalgum livro de Medicina que para frear uma pandemia há que “confinar” ás pessoas sãs? A milhons e milhons delas? Estou seguro de que nom; nos meus livros e nos meus apontmentos nom consta dita medida.
E sabendo isso; Como é possível que seu “código deontológico” e sua boa praxe, nom lhe impulsaram a chamar ao filósofo ministro de Sanidade, para dizer-lhe que o que estava a fazer era uma autêntica falácia científica? Que assim, confinando em seus fogares a milhons de pessoas sãs nom se tratam as pandemias. E falo desse cacarejado código que ao que parece, as que vostedes chamam “médicos negacionistas”, transgredimos a diário.
(…)
Vostede assegura que certas afirmaçons desses médicos críticos, entre os que me incluo, geram “alarme social”. Para mim, no entanto, é o intensíssimo ataque propagandístico sobre um inimigo invisível e desde fai mais de seis meses, o que nom só alarma à populaçom, senom que enche-la de autêntico TERROR. E com medo, uma populaçom nom só é impossível que seja feliz, senom que além é muito difícil que poida sobreviver com um mínimo de dignidade.
Vostede assegura tamém que certas medidas “singelas” som indispensáveis para frear a pandemia. Como manter a distância de segurança (2 metros dim), lavar-se repetidamente as mãos, evitar espaços fechados, e usar “adequadamente” as mascarilhas. Primeiro pergunto-lhe; Até quando, por exemplo, devemos de permanecer afastadas das outras humanas? Indefinidamente? Digo-lho, porque se a resposta é positiva, mau vam crescer no respeito e na amizade para suas semelhantes nossas filhas e netas, se vêem ás que som como elas como potenciais perigos e como potenciais inimigas. E no caso das adultas mau imos perpetuar nossa espécie se nom podemos roçar-nos, bicar-nos, amar-nos…
Ou se sua resposta é idêntica à que me deu nosso colega o presidente do ilustre colégio de médicos de Cantabria; “até que tenhamos a vacina”, dizer-lhe igualmente que espero que a ciência tenha avançado de maneira exponencial nos últimos meses, já que pára que uma nova vacina seja fiável, declarada suficientemente, segura, e sobretudo eficaz, às vezes e você o sabe igual que eu, fazem falta anos e inclusive décadas de trabalho intenso. E em ocasions, apesar duma profunda investigaçom, é impossível obter nenhuma vacina. Ponho-lhe um exemplo singelo: a SIDA nom tem vacina, e essa doença saiu à luz fai quatro décadas. Tamém me permito lembrar-lhe que a vacina da gripe, que eu me punha a cada ano e recomendava a meus pacientes, demonstrou ser pouco eficaz, já que apesar dela, as mortes anuais por gripe contam-se por centenas de milhares no mundo, e às vezes por dezenas de milhares em nosso país. E recordo-lhe que o vírus da gripe (Influência) compartilha muitas características com o da Covid 19 (Sars-cov-2).
Com respeito ao tema do uso “adequado” das mascarilhas, a que se refere? Ao que dizia você na quarta-feira 26 de fevereiro do ano em curso em “REDACIÓN MÉDICA”: “O Conselho Geral de Colégios Oficiais de Médicos (CGCOM) tem remetido uma nota de imprensa para informar à populaçom geral ante a evoluçom do coronavirus (Covid-19). Nela, os médicos fam-se eco dum dos grandes temas de atualidade, o uso de mascarilhas. A este respeito, médicos asseguram que “as mascarilhas nom servem de nada ao ar livre”. Imagino que se referirá a essa nota, já que estou convencido de que segue pensando o mesmo. Ou depois reflexionou? Essa lei pela qual, para nom transgredi-la, um espanhol que suba a uma montanha ou passeie por uma solitária praia, deve de levar uma mascarilla que lhe tampe o nariz e a boca.
E já postos; tamém cumpre o código que tanto nomeia, o feito de que o pessoal médico de Atençom Primária, atendam por telefone inclusive as primeiras consultas, com o enorme risco que isso implica? Imagino, ilustre colega, que sabe perfeitamente que nos próprios estatutos dos colégios de médicos essa açom figura como uma grave transgressom do código e uma má praxe. Ah! Claro que a terrível situaçom da pandemia, assim o aconselha agora. Sobretudo agora, numa fase totalmente plana da mesma, na que há que procurar ás doentes a base de fazer-lhes provas diagnósticas como as RCPs, que vocês asseguram é patognomónica para a doença denominada Covid19.
Cumpre tamém o famoso código o feito de que na fase aguda da pandemia, chegara-se a aplicar a triagem de guerra? Essa que determina que as variáveis de IDADE e ESPERANÇA DE VIDA, som chaves para usar ou nom as UCIS dos hospitais e que levara a acordar que as pessoas maiores das residências públicas nom entraram nelas.
E que dizer, do silêncio de vostede, diante a proibiçom expressa de realizaçom de autópsias? Como é possível que os ilustres colégios nom puseram o grito no céu ante semelhante barbaridade científica? Como é possível que se possa avançar na soluçom duma nova doença letal sem o estudo detalhado das mortes que ocasiona? Como melhorar a terapia da mesma para diminuir essa letalidade, sem estuda-la?
(…)
Agora já termino.
Senhor Serafín; Eu nom som nenhum negacionista, ao invés; “Afirmo a falta de evidências científicas em muitas das medidas que vostedes chamam singelas e essenciais”, e nego a existência de dados irrefutáveis que as justifiquem”.
E se sua Comissom Permanente decide abrir-me expediente por minha atuaçom, essa que gera “alarme à populaçom e perigo para a saúde de todos” direi-lhe o seguinte:
Estarei orgulhoso desse expediente e prometo enmarca-lo e pendura-lo no meu salom ou onde o destino me leve… Trabalhei para a Medicina pública durante mais de quatro décadas tentando melhorar a saúde de minhas semelhantes, e, sem ter sido um santo, agora desde estoutro papel, sego tentando o mesmo, ainda que a vostede lhe custe entende-lo.
Atentamente:
Rafael Gazo Lahoz, médico jubilado especialista de MFYC, colegiado no Ilustre Colégio Oficial de Médicos de minha cidade natal (Zaragoza) com o número 7965-5
Em Santander, cidade onde moro, em 29 de agosto de 2020.