Arquivo da categoria: machismo

Minha homenagem ás mulheres em luita neste 8 de março

Imagens de Delmi Alvarez tomadas há 38 anos durante a luita das trabalhadoras de Telanosa (Redondela) em março de 1986.

Em Telanosa trabalhavam mais de mil pessoas fazendo camisas de cabaleiro, era uma coperativa criada a raíz da crise da empresa originária “Refojo” e mantiveram um longo e duro conflito laboral onde as mulheres (maioria na fábrica) foram as protagonistas da luita. (ler acá)

Na sua defessa nunca sairam às ruas as damas e senhoras bem que mercavam lá as camisas para seus homes.

(A pasma por entom ia de marróm e de ai seu nome de “maderos”)

Programa Comochoconto Islamofobia.- O Burkini e o Véu

Esta entrada têm já 6 anos, foi publicada acá no 1º ano da andaina desta minha bitácora no 1º dia do mês de setembro de 2016 a raiz da polémica que jurdira na França quando proibiram o uso do burka. Recolhe, tal qual explico ao final, um meu programa sobre a Islamofobia emitido há 11 anos, em abril de 2011, pola Rádio Kalimera tras a polémica jurdida numa escola de Arteixo, onde uma meninha muçulmana fora repremida por acodir à escola com um seu véu. Hoje dou-lhe, de novo, vissibilidade a esta eterna problemática na capa principal desta bitácora co galho de continuar dando voz às mulheres muçulmanas, tal qual figera ao preparar este meu programa:

Burkini Vs Neopreno

Vaia por diante que aplaudo aquelas mulheres que contravindo costumes, normas, leis e tradiçons culturais com marcado caráter de imposiçons patriarcais, som quem de viver como quiger e em consequência vestir, calçar e coidar seu corpo e maquea-lo como mais gostam e desejam.

Dito isto e ao respeito da polémica surgida na França tras o intento de proibiçom do uso do Burkini, dizer que vivemos numhas sociedades onde a maiora da suas gentes assumem com suma facilidade qualquer normativa ou lei que sinifique proibir algo que até entom nom estava regulado e se essa proibiçom nom lhes afeta de jeito direito e vai encaminhada a por-lhe mais dificil a existência a gentes que nom assumem a cultura uniformada do capitalismo do primeiro mundo, melhor que melhor. Se nom gostam de pôr-se neoprenos, banhadores, bikinis e/ou toplees, que se volvam aos seus paises!!

Além, no caso que me ocupa e preocupa hoje, sumárom-se a felicitar tal proibiçom muitas mulheres que se autodefinem feministas sob a argumentaçom de que essa roupagem, que algumhas mulheres adotaram como ideal para poder tomar banhos nas praias, rios, lagoas e piscinas, é umha outra prenda de opressom patriarcal islámica e mesmo há quem di que, as mulheres que vivendo no chamado ocidente, usam este burkini, ou mesmo qualquer véu na sua quotidianidade, além de estar oprimidas polo patriarcado, som estúpidas, numha dualidade novidosa do feminismo malentendido que criminaliza por igual a opressor e oprimida.

Estase a focalizar interesadamente a problemática no ámbeto religioso islámista para imprimirlhe carater de terrorista a toda mulher que use ditas prendas no nosso ocidente, e evíta-se falar de que o uso e imposiçom de véus forma parte dumha prática patriarcal moi extendida desde muito antes de que viveram cristos e mahomets sobre a faz da Terra, e que assevera que toda mulher deve estar tapada como medida de proteçom para agocha-la das miradas de outros homes que nom sejam seu marido, pai, irmãos ou filhos.

Dito tudo isto, eu pergúnto-me se é que tam despejada de atitudes e normativas patriarcais estám as sociedades ocidentais; se é paranoia minha ou há umha intencionalidade nos agentes do capitalismo internacional tanto á hora de incidir nas suas propagandas mediáticas no jeito de vestir como no de calçar, assim como usar a maquilhagem e os perfumes e mesmo no referente ao coidado ou eliminaçom das células mortas tanto capilares como queratinosas (pelos e unhas). Ou nom é certo que a onda que marcam as grandes empresas da cosmética e da moda (dirigidas e participadas maciçamente por homes) nom vam na medida da uniformidade na estética e da perda da identidade cultural dos povos.

Há quem di que o uso dos véus e mesmo dos burkas e do burkini está a medrar em ocidente e que esse medre é devido a que as mulheres que professam o islám estám a levar essas prendas como auto-identificaçom da sua cultura e tradiçom e como contraposiçom a essa uniformidade manifesta. Eu nom podo menos que entender suas razons pois, de evitar a perda das nossas costumes longe da nossa terra, sabemos muito as galegas e galegos espalhadas polo mundo. E nosos trajes tradiçonais tamém tiram de panos na cabeça!!

Anos há, lá por abril de 2011, adicara um programa na rádio kalimera a falar sobre a islamofobia a raiz do caso dumha rapariga de Arteixo que fora expulsada da sua escola por negar-se a quitar o seu hiyab. Umha decisom tomada caseque por unanimidade polo Conselho escolar (do que formam parte membros do concelho, pais, mestres e alunado) e que contara com o firme apoio da Junta. No programa dou leitura a vários textos recolhidos da rede com opinions de mulheres árabes e panárabes ao respeito das polémicas na Europa na altura sobre o uso do véu e do burka, e de como os governos utilizam a excusa da sua preocupaçom pola situaçom da mulher muçulmana em ocidente para impôr nesta hipócrita sociedade a islamofobia. E tudo isso antes da apariçom na cena do terrorismo internacional do ISIS e dos atentados nas cidades europeias.

Aquí tendes o programa para escuta-lo, mas se preferides descarrega-lo clicade acá:

Programa Comochoconto -A ablaçom ou mutilaçom genital feminina (MGF)

Hoje 6 de fevereiro é um desses dias nos que, organismos internacionais, decidem adicar-lho a algum tema polémico mundial do que falar só nesse concreto dia nos falsimédios para depois volver garda-lo no baul dos maus recordos até o seguinte ano na mesma data. Eu nom acostumo fazer seguimento de tais comemoraçons por entender que, estes lavados de cara, som um gesto mais da hipocrisia geralizada no mundo do Capital e do Consumismo dos paises que se autodenominam “civilizados” ou “desenvolvidos”. Assim hoje nos informativos matinais da TVE davam conta desta “efemeride”, cuja denúncia, por estes lares, tem certo pouso “xenófobo” ao assinalar esta bárbarie contra o corpo das meninhas como próprio de certas religions e culturas alheias a estes lares e coa mesma negam que no estado espanhol se poidam estar realizando estas brutais práticas sob o rotundo argumento de que é delito!! Como se isso bastara!… Tamém é delito roubar e nom há político com alto cárrego que nom enchira seus petos durante seu mandato co dinheiro de todas. Além indicam que nestes lares a preocupaçom é impedir que as meninhas sejam levadas aos paises de origem de seus progenitores para que se lhes practique lá tal “barbárie” e denunciam que é dificil de evitar porque há familias que deixam lá suas filhas uma vez que lhes praticam a mutilaçom… É dizer culpabilizam as famílias e seus paises de origem e assim seguem criminalizando as emigrantes e permíte-lhes, uma vez cumprido o trámite de falar um dia sobre elo e depois seguir olhando de esguelha esta problemática até o vindouro ano.

ablacion

Quando publiquei uma entrada nesta bitácora na que expressava a minha confussom e surpresa diante dalgumas das aportaçons que estava a receber a campanha #PrimAcoso, recebim um comentário no que se me respostava com estas palavras: “Tamén nalgunhas culturas cortan o clítoris por tradición e estética. O problema é cando a persoa chora de dolor e non quere”. Nom sei que lhe motivou a esta pessoa a enviar-me esse comentário; mas retrotraeu-me a quando no ano 2007 emitira um programa na Kalimera sobre este tema da MGF (depois remitido em outras ocasions) e mantivera um debate com um home que pretendia que a MGF era comparável e basicamente igual que a circuncisom masculina, á que este home tildava de mutilaçom.

Colo acá agora este programa para quem queira ouvir a minha opiniom ao respeito:


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Do dito ao feito há um gram treito!!. De cuidados descuidados e de “feministos” violentos.

Brais Borrajo, comunista e “feminista”. agressor e acosador

 Tempo há, mas nom tanto, jurdera uma polémica mediática e social porque um home colhera do braço a uma moça para quita-la a bailar num pub da noite compostelã. Este home conhecido nos ambientes da protesta lúdica, no desenho artístico e no ativismo pola língua, entroutras várias fazetas, foi assinalado como objectivo duma campanha orquestrada co galho de eliminar toda expressom ou ato machista dos espaços noturnos que, algum grupo de mulheres, entende como seus. Para quem isto escreve foi uma “caça de brujo” com resonância ampliada e amplificada nas mal chamadas redes sociais polo feito de que esta pessoa se sinificara e participara da cantidatura eleitoral de esquerda nacionalista que ganhara a alcaldia de Compostela. Nom vou entrar no manido debate de se sua atuaçom (ao colher do braço uma moça para convida-la a dançar num local de copas noturno) meresce ser tratada de machismo ou de micromachismo, mas insistirei em que, ao meu entender, tal ato nom é constitutivo de nenhuma agressom; e que tal atitude nom dista nadinha de outras que eu tenho presenciado em vários dos “feministos” que assinaram o tal Comunicado denúncia contra a atuaçom do “susodito”.

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“Como enfrontar o caso de “La Manada” desde um transfeminismo antipunitivista” x C.A.M.P.A.

Recolho, traduzo e cópio do seu blogue:

Desde o Colectivo de Apoio a Mulheres Presas em Aragón (C.A.M.P.A.) queremos fazer uma reflexom a propósito da sentença do juízo a “La Manada”:

Desde nossa perspectiva antipunitivista esperavamos com certo medo o resultado da sentença, que fosse uma condena de mais de 20 anos e, esta, fóra aplaudida desde o movemento feminista e desde a sociedade em geral. Temiamos tamém que, como sucedeu há apenas umas semanas, se reabrira o debate sobre a prisom permanente −ainda que esta só poida imponher-se em assassinatos onde haja alguma circunstância específica agravante− num momento de especial enfado e frustraçom.

Nós definímo-nos como transfeministas e abolicionistas do cárcere, do sistema penal e penitenciário. Isto léva-nos ás vezes a gerir debates e repensar as contradiçons que agromam.

Quando conheces de perto o cárcere, es consciente de que serve única e exclusivamente para castigar, tanto á pessoa condenada como as suas familiares e amizades. O armaçom penal só gera mais violência. Nada nos fai crêr que tras um, nove ou cinquenta anos de prisom estes homes nom vaiam volver violar uma outra mulher com igual ou mais violência coa que já o figeram.

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[Brasil] “A Inimiga da Rainha” nova revista anarco-feminista. Livros Clandestinos: Anarquismo nom é Terrorismo

Recolho do seu blogue “ainimiga.noblogs.org” e dou pulo a esta iniciativa editorial brasileira baseada em Salvador (apesar de ter contribuidores e contribuidoras em outras partes do mundo) e da que, há coisa dum mês, saia seu primeiro número do prelo.

A Inimiga da Rainha é uma nova revista  anarco-feminista interseccional, autogerida. O nome é um tributo ao [jornal] Inimigo do Rei, e uma ênfase na presença feminina no anarquismo, porque não só homens são revolucionários da mesma forma que não só homens são reacionários.

Valorizamos a irmandade entre mulheres, e acreditamos no apoio entre feministas. Mas também achamos importante apontar a nossa oposição a um certo feminismo reacionário, que é uma apropriação neo-liberal do termo, exemplificado pela Rainha. Preferimos abolir hierarquias e cultivar a Rainha dentro de cada uma de nós.

Visamos um feminismo que apoia e incorpora a luta da comunidade trans, pobre, e negra. Lutamos contra o ‘feminismo’ cooptado pelo Capitalismo e pelo Estado. Não basta lutar contra o Estado, lutamos também contra o patriarcado, a supremacia branca, Capitalismo e o neo-colonialismo.

Livros Clandestinos: Anarquismo não é Terrorismo

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Sentência do Caso “La Manada”: Nom é uma aberraçom jurídica; assim é a Justiça democrática que temos

Quem segue mantendo este Sistema com seus votos, que saiba bem o que está permitindo e mantendo: Juízes, Militares e Forças Policiais nom vivirom nenhuma “transçom” á “memocracia”; nem sequer figeram um paripê de limpeza e os mesmos que estavam na elite de ambas estruturas do Poder sob o franquismo seguirom estándo-lo com a “merdocracia” (como mínimo 10 dos 16 juízes que tiveram praça titular no Tribunal de Orden Público franquista, o temível TOP, foram ascendidos e se passarom a ser magistrados do Tribunal Supremo ou da Audiencia Nacional; e os que nom o forom foi porque lhes chegou sua hora de jubilaçom ou de criar malvas nom porque fossem repressaliados por protofascistas, dado que todos o eram posto que juraram obediência ás leis franquistas, tal como tamém figera Juan Carlos I rei emérito); depois e agora som suas milhores alunas e alunos as que agora ditam estas sentências tam favoráveis para os intereses da doma e castraçom do povo e de anulaçom das suas faculdades para pensar e analisar a realidade circundante por se mesmas.

A sentência do caso de “La Manada” NOM É ALGO ÚNICO NEM INSÓLITO
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A sentência do juíço a “La Manada” conhecera-se esta 5ª feira, 26 de abril.

Hoje soubem que um enquerito realizado polo organismo “FACUA-Consumidores en Acción” entre suas filiadas vêm de outorgar seu PRÉMIO ao PIOR (e MAIS MACHISTA) anúncio publicitário do ano 2017 ao cartaz do Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad que figura ao carom.

Este galardom que FACUA-Consumidores en Acción organiza desde 2010 foi ganhado por este Ministério -que, atendendo a sua razom de existência, deveria velar por tudo o contrário- por méritos próprios e por uma gram diferência de votos com o 2º classificado, dado que acaparou o 50% dos mais de 6.000 consumidores que participaram. A razom para tal vitória contundente salta á vista em quanto olhas o polémico cartaz que o próprio  Ministério de Igualdade (?) acabara retirando polas fortes críticas recebidas por usuárias das redes sociais e a postérior pressom mediática e fontes desse minsitério hipócrita asseguraram que o publicaram por “error”. Desculpa vana e incrível que só evidência o  mal que se trabalha e se gasta num ministério com os quartos de todas, dado que o cartaz foi editado, publicado e colado dentro duma campanha.
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Vídeo da Revoluçom das Mulheres contra o fascismo em Efrîn

Colo da web Rojava Azadi Madrid este vídeo (com legendas em castelám) autoria de Zozan Sima, membra da Académia de Jineoloji de Rojava, quem explica a visom sociológica de Jineoloji sobre Efrîn. Esta guerra está atacando a cultura e a revoluçom das mulheres, que é ao mesmo tempo a revoluçom social.

É momento de atuar. A campanha “Women Rise Up For Afrin – Mulheres erguémo-nos por Efrîn” entra na sua segunda etapa.
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“A luita antirracista é a mais radical que há”. Entrevista a Yuderkys Espinosa, feminista antirracista e descolonial

“Levo mais tempo no feminismo que no antirracismo, de feito fígem-me antirracista á força, justamente porque me desgastei tentando fazer possível a suposta sororidade entre mulheres e cair na conta todo o tempo que é impossível, porque há intereses distintos”.

Colo (e traduzo) do site “Es Racismo” esta entrevista realizada por Youssef Ouled a Yuderkys Espinosa (1) publicada antontem; nela esta mulher, que se autodefine como feminista descolonial e antirracista, aporta uma outra mirada, um outro olhar ao feminismo e mais a luita de classe. Yuderkys foi convidada a vir ao Estado espanhol polo coletivo Ayllu, um grupo colaborativo de investigaçom e açom artística-política formado por agentes migrantes, racializadas, dissidentes sexuais e de gênero provintes das ex-colónias, e sua conferência “Uma década de feminismo descolonial: Reflexons a partir dum percorrido” impartida em Valencia foi um éxito de assistência. Tamém uns dias antes, participara do obradoiro “Ráiva é o que temos”, dirigido a pessoas racializadas co galho de avaliar e construir estratégias para enfrontar a colonialidade e o racismo institucional.

– Entendendo que o racismo afeta a homes e mulheres racializadas qual deve ser o posicionamento dos feminismos que se denominam antirracistas?
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