A minha homenagem a Salvador Puig Antich e VIII Xornadas A Coruña Libertaria

Publiquei isto nesta minha bitácora em 2016, agora co galho do 76 aniversário do seu nascemento volto a publicar e, por petiçom duma leitora, presto minha ajuda a difundir o cartaz que ela me remitiu com as Jornadas Libertárias em A Corunha deste ano, convocadas de maneira conjunta por Centro de Estudos Sociais Germinal, o Ateneo Libertario Xosé Tarrío e mais Unión Anarcosindicalista, onde além doutros temas, haverá duas palestras falando de Salvador Puig : “Salvador Puig Antich 50 anos despois” por Ricard de Vargas (ex MIL) e mais “Salvador Puig Antich: Lembranza e proceso xurídico actual” impartida pola sua irmã Montserrat:

“Tudo o mundo que crê que Puig Antich era inocente equivóca-se e vai em contra das suas convicçons”. Jean Marc Rouillan, companheiro de armas de Puig Antich

“É projectándo-nos no futuro, sentindo o peso do presente, donde radica a nossa razom de ser”. Salvador Puig Antich, carta á sua irmá Marçona escrita em dezembro do 73 desde a prisom Modelo de Barcelona

SalvadorPuigAntich

O “Coletas” começou ontem sua primeira intervençom desde o púlpito do Congresso de Diputados espanhol fazendo umha mençom a Salvador Puig Antich, “El Metge”, com estas suas palavras: “Quiero saludar a todos los que dieron su vida por la lucha por la democracia”. Mas Pablo Iglesias minte, Salvador Puig Antich era um libertário anarquista membro do grupo armado antifascista MIL -Movemento Ibérico de Liberaçom- e morreu loitando nom para acadar esta merda de oligocrácia na que Podemos e o seu líder séntem-se na sua salsa, como demonstrou durante o seu discurso quando, pouco depois de mentir ao mentar a Puig Antich, passou a louvar aos corpos e forzas de seguridade espanhois, sucessores fideis daqueles “grises” que nunca figeram nenhuma transiçom nem limpeza de mandos franquistas. Quitade pois “podemitas” as vossas sujas mans da memória deste loitador que, quando fora assassinado polo régime franquista, contara apenas com o apoio do movimento libertário e dos seus companheiros do MIL que estavam no exílio na França.

Co galho de fazer-lhe umha minha homenagem a sua vida de loita, recolho e traduzo do portal catalá Ariet este extrato da entrevista de Miquel Toll a Jean Marc Rouillan, anarquista de formaçom, ex-pistoleiro de profissom e de vocaçom um pouco poeta. quem vivira em primeira pessoa a triste experiência de contemplar cos seus próprios olhos como detinham a Salvador tras um intercâmbeo de disparos com a polícia franquista em setembro de 1973 em Barcelona com o resultado dum agente morto. Case meio ano depois, em sábado 2 de março, Salvador Puig Antich era passado polo garrote vil no derradeiro assassinato do estado franquista espanhol.

Fazendo um pouco de memória histórica, ti estiveras presente na detençom de Puig Antich. Que saiu mal aquel dia?
– Tudo, tudo saiu mal. Aquel dia “Cri Cri” -Jean Claude- e eu tinhamos umha cita com “Petit” -Santi Soler- e quedaramos em Barcelona com “El Metge” -Puig Antich-, a pesar de que sabiamos que tinhamos a Brigada Político Criminal detrás nossa. Quedamos porque tinhamos que ajudar outros companheiros a marchar. Aquel dia tivemos problemas mecánicos co coche e chegamos tarde à cita. Ao chegar, o Petit estava na beirarrua ante o bar e Puig Antich baixou a comprar tabaco mentres nós dávamos umha volta co coche para assegurar a zona. Foi naquel momento que encheu-se todo de polícias, arrodeárom-nos e empezárom-se a disparar tiros. Ao baixar do coche e colher posiçom apontando detrás dos arbustos, puidem ver um corpo a terra estendido, que supugem que era dum polícia.

Há fontes que afirmam que nom foi Salvador o autor dos disparos?
– Cri Cri trazia duas pistolas, eu trazia duas pistolas e Salvador tamém trazia duas. Ainda me lembro das suas: umha de fabricaçom alemá e umha Star. Falaramos muitas vezes e Puig Antich era um dos que afirmava que no caso de detençom se enfrontaria à polícia. Nom era nenhuma consigna do MIL, era umha opçom persoal e Puig Antich tomára-a. Há quem di que é inocente e eu inhoro se foi el precisamente o autor dos disparos que matarom ó polícia. Isso sim, em tudo caso e duvído-o bastante, se é inocente foi-no por casualidade. A pistola Star, era umha pistola moi pouco segura, que naqueles tempos usava a polícia armada -os grises- e que deseguida se disparava e fazia-o em forma de refachos. Eu crio que isto é o que se passou.

Assim que Puig Antich nom é inocente
– Tudo o mundo que crê que Salvador é inocente equivóca-se e vai em contra das suas convicçons. Os companheiros do MIL iamos sempre armados e tudo o mundo estava moi seguro de disparar à polícia. Figéra-o Oriol Sugranyes, Jordi, eu mesmo… todos nos enfrontamos num momento ou outro à polícia. Eu crio que Puig Antich decidiu fazer umha resistência individual e disparou, como todos teriamos feito.

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