Arquivo mensal: junho 2024

Comochoconto – Fogueiras no Solstício de Vrão

Ogalhá algum ano, a celebraçom do solstício do vrão (no hemisfério norte) volte a ser uma festa pagana a celebrar durante a noite mais curta do ano e nom quando nom corresponde. E assim, agás excepçons, na Galiza nom haverá celebraçons do “Lume Novo” até a noite do vindouro domingo 23 de junho, noite católica de S. Joam; e dias apôs de quando corresponde com a noite mais curta que, neste ano 2024, é na noite de amanhã, quita feira, joves, 20. E de jeito curioso fará-se tarde a celebraçom utilizando ritos paganos unidos à fertilidade e a purificaçom; tudo um sem-sentido para quem isto escreve.

Amanhã a noite de solstício, de novo passara coma se nada, pois segue a celebrar-se com o consentimento tácito e absurdo de caseque toda a gente, incluso daquelas envolvidas em coletivos e associaçons pretendidamente agnósticas, ateias e mesmo antisistema, que, sem vergonha alguma, ainda seguem os ditados da grande usurpadora destas festas: a Igreja Católica, Apostólica e Romana. Neste ano toda Galiza arderá, de novo na absurda noite do 23 de norte a sul e de leste a oeste, sem que essa noite seja a mais curta do ano e ergueram-se “cacharelas” ou “lumeiradas” (fogueiras) em cada fogar; em cada paróquia e em cada bairro e em cada aldeia. A vista desde o ar será de milhares de diminutos pontos repartidos por todo o território.

Anos há, nos meus começos coma radialista na Kalimera, figera um programa adicado às fogueiras, cacharelas, lume novo,… Daquelas ainda gravavamos os programas que emitiamos em cinta de cassete (*). Recém, recuperei aquela cinta e digitalizei-na ao meu jeito cutre (a qualidade por tanto nom é tam boa coma eu quiger). Dura pouco mais de meia hora, a duraçom da cara A ou da cara B duma cinta de cassete.

Agora, neste dia de hoje em que começa o vrão e a noite é a mais curta do ano, colo acá para quem queira escutar o que contei anos atrás polas ondas livres kalimeras. É um texto recolhido de diferentes fontes nos que dou conta dos usos, ritos e costumes desta festa na Galiza; dos seus seres mágicos, das prantas e flores e tamém da importância da água num rito onde o lume é o principal ator desta data transgresora, onde a vizinhança viste de comunidade e solidariedade tanto na monta coma na troula.


(*) Para a gente mais nova dizer que a apariçom das cassetes e de suas reprodutoras e gravadoras de diferentes modelos e tamanho (com conexom de cable e de pilhas), sinificaram uma autêntica revoluçom em quanto acesso à música e nom só. De pronto miles de pessoas, maioria jovem, podiamos gravar a música e os programas que soavam polas rádios e mesmo as músicas que soavam dos tocadiscos e incluso nas atuaçons e festivais.

Além, para aquelas que pretendiam fazer-se ouvir, aquelas cassetes se convertiam em maquetas onde gravavam suas experiências e faziam-nas chegar aos estudos de rádio por ver se gostavam e eram picadas polas radialistas.

Tamém dera pé a uma ingente criatividade plástica, pois muitas de nós, gostavamos de desenhar as nossas cintas gravadas e dar-lhes um toque original e irrepetível a cada uma delas.

Mesmo, ao ser instalados os radiocassetes nos carros, conlevara que se enchiram as gasolineiras de escaparate e venda, onde podias atopar joias musicais de antanho e tamém bódrios.

Além nom era estranho ver passar alguém com um aparato reprodutor sobre seus ombros e coa música a todo volume.

Na Kalimera e demais rádios livres, a cassete fora o único medio que tivemos para registrar gravados os nosso programas emitidos e isso foi assim durante muitos anos.

Em definitiva fora, sem dúvida, um invento revolucionário que fascinara à joventude e achegara a música a todo o mundo.

O Trabalho nom Dignifica!! Isso amossam empresários, políticos e sindicalistas. O povo já o sabia.

Ontem lim na imprensa canalha que empresários, sindicalistas e políticos estavam a negociar a jubilaçom parcial anticipada e na crónica se dizia que no governo se baralhava de aplicar uma normativa favorável às mulheres e perjudical aos homes por aquilo das injustiças divinas ou devidas ou nom sei que hóstias.

Mesmo falavam de ampliar a idade de jubilaçom dos homes exigindo-lhes mais anos cumpridos trabalhando e ao mesmo tempo rebaixar na mesma medida a jubilaçom das mulheres assalariadas.

Isto iria totalmente em contra da própria imaculada constituiçom, onde se supom que nom pode haver discriminaçom por razom de género. Mas isso aos progres nom parece preocupar-lhes.

De todas é muito interesante refletir sobre este relato, onde para empresários e políticos do governo progre e sindicatos pautistas, o trabalho assalariado é claro que nom dignifica; senom nom estariam a falar de favorecer às mulheres com uma jubilaçom rebaixada de menos anos de cotizaçom.

Tamém, haverá que estar atentos a sim se cumpre esta ameaça, pois dado que agora se pode mudar de gênero sem ter que motivar nada, pode que em pouco tempo, haja um feixe de homes maduros com pelo escaso nos seus frontispícios e barbicanos fazendo fila para mudar de sexo.

NOM TE DEIXES ENGANAR !!

O 1º mapa é o que nos vendem os mentireiros e os partidos interesados coma reflexo do resultado das ereçons europedas nas españas e onde se destacam em cores a opçom maioritária por províncias:

No 2º é o resultado real sem manipulaçons mediáticas e partidistas de qual foi a opçom maioritária e mui maioritária em todas partes, A ABSTENÇOM !! :

Se bem nom é nada estranho se observamos o comportamento eleitoral no resto dos paises que conformam este invento pró-Capitalista e inumano que chamaram da UE e que mantém pechadas e muito vigiladas as suas fronteiras da vergonha, causa original e principal da morte de miles de pessoas que fugem do fame e das muitas guerras que se encrudecem nos seus territórios, coma consequência duma sitiaçom criada desde os tempos do Imperialismo colonial e que permite que se sega a roubar a mãos cheias nos paises empobrecidos pola avaricia dos seus governantes e pola cobiça insaciável do Capitalismo Internacional.

A abstençom é a grande vencedora no total da UE e só em 11 dos 26 países que a conformam superou-se o 50% de participaçom e nalguns lugares houvo uma abstençom tam enorme que deveria sinificar a anulaçom dos resultados, coma no caso de Croácia com o 78% ou nossa vizinha Portugal com um 62’5%; mentras que só em 4 países, muito dispares em quanto a sua povoaçom, se superou o 60% de participaçom, a saber Alemanha, Malta, Luxemburgo e Bélgica. Nas Espanhas abstençom superou o 50%.

Em definitiva, agora mentireiros estám a vender o medo do quantíssimo que medra na Europa a ultradireita, racista e xenófoba, quando os cus dos elementos de todos os partidos ultras ocuparám só 131 assentos dos 720 totais (um 18’2%). É a sua táctica para tratar de vender a importância de votar e coma se a imensa maioria das candidatas dos demais partidos que se apresentaram, as supostas demócratas, nom estiveram tamém desde sempre provomendo o supremacismo europeista e o patriotismo patético entanto justificam coma inevitáveis os peches das fronteiras, os cada vez mais altos valos com concertinas mais assassinas, ou os tiros a dar e matar das forças de “ordem” contra pessoas indefessas.

Em resumidas contas: a Europa hipócrita obtém quanto merece !!

A CRIMINALIZAÇOM da SOLIDARIEDADE com PALESTINA

O REITOR da USC solicitou ao delegado do governo español que enviaram à pasma a despejar o reitorado e mais a faculdade de história. Eiqui seu comunicado onde se enorgulhece disto: “logo de esgotar calquera posibilidade de diálogo co colectivo identificado como Asemblea Aberta por Palestina, comuniquei á Delegación do Goberno a situación co obxectivo de recuperar a convivencia democrática e o funcionamento ordinario da institución. Esta mañá fun informado de que as forzas de seguridade desaloxaron as persoas que estaban ocupando tanto o edificio da Reitoría como o da Facultade de Xeografía e Historia.”

E assim foi coma nesta amanhecida quando ainda nom saira o sol, que polícias violentos irrumpiram pola força nas dependências públicas do reitorado da USC e a golpes espertaram às solidárias encirradas em demanda de que a USC rache toda relaçom com Israel.

Pola sua banda o gerente da USC, o necionalista Javier Ferreira, amossava a sua enteira satisfaçom polo despejo e mintiu sem rubor ao declarar que «Todo se levou a termo de maneira pacífica, nom houvo nenhum tipo de violência», e os mentireiros de imediato figerom seu o relato do reitorado e da pasma, conforme foi um despejo nom violento e sem incidentes; num deles pode-se ler (sic): “de manera de pacífica y sin uso de la violencia, uno a uno fueron identificados y se les obligó a abandonar el inmueble.” o que nom concorda com as declaraçons das despejadas, coma é habitual:  «Nom foi pacífico. Chegarom berrando. A uma companheira acordaram-na cum porraço nas costelas e a uma outra dando-lhe forte numa perna; além outra foi ameaçada coa Lei Mordaça por pretender gravar o despejo».

E assim ao igual que sucedeu na noite anterior em Sevilla, os delegados do governo progre chupiguai ordenam a polícia nazional que despejem às solidárias com noturnidade e alevosia e muita má hóstia:

As solidárias, tras ser despejadas, acordaram realizar uma sentada na Praça do Obradoiro onde berrarom proclamas contra o GENOCÍDIO de Israel e a prol do povo palestino e denunciando a colabouraçom do governo da USC com Israel, em concreto denunciam uma realdade que qualquer pode constatar: A USC financia instituiçons e empresas que estám relacionadas direitamente co GENOCÍDIO, coma o Banco de Santander, colabouradora sempiterna que desde anos há conta com uma oficina num espaço público no campus Vida da USC e que a entidade que tramita as tarjetas identificativas do pessoal e do alunado co seu logo de sangue, assim coma projetos de investigaçom e colaboraçons académicas.

Além, o gerente, na sua declaraçom diante dos falsimedios nom duvidou em criminalizar às solidárias com Palestina: «Estamos evaluando os possíveis danos». Se bem mas lhe valera evaluar os danos que Israel está a provocar em Palestina e reflexionar coas palavras do exreitor da UPV/EHU Iñaki Goirizelaia quem, recém, declarou: «as testemunhas desta barbárie teremos que demonstrar num futuro em que lado da história nos posicionamos diante o genocídio de Palestina. E teremos que explicar que figemos para para-lo»

Governo da USC contra da Solidariedade co Palestina

Hoje, pese às presons da equipa de governo da USC e da Facultade de Geografia e História, as suas mentiras e o acoso da imprensa mentireira e rastreira, permanece o estudantado generoso fechado em dita Facultade em Solidariedade co Povo Palestino.

Ambas equipas de governo, nestes últimos dias, destaparam-se coma HIPÓCRITAS desde seus teitos até os seus cimentos. Pois se bem, num primer momento, pareceus-lhe bem a toma do alunado e mesmo o feche, agora tiram de falsos argumentos para tentar desmobilizar a SOLIDARIEDADE e EXPULSAR ao estudantado rebelde de tam magno edifício sob ameaças. A escusa é o grave perigo de que a Biblioteca do edifício ubicado no andar mais elevado poida derrumbar-se e cair sobre as acampadas: «Defendemos o direito de manifestaçom, mas tamém temos a obriga de garantir a seguridade das pessoas. Se amanhã cai um cascalho sobre alguém de quém é a responsabilidade alegavam inquisitórias ditas hipócritas equipas de governo.

OH CASUALIDADE !!

Eu conheço ditos problemas estruturais dessa Biblioteca e podo assegurar que nom som de agora. Já nos meus anos moços, quando estudante da USC, lá polos anos 80 do século passado, eram muitíssimos os problemas estruturais derivados polo excessivo peso dos volumes de livros lá acumulados.

Mas é agora, segundo informe do decanato atual, que esse gravíssimo problema teria jurdido aos poucos dias do começo do Peche. E dita mentira é difundida de imediato e com entusiasta devoçom polos profanadores da verdade e os mercenários da imprensa falsária, autênticas valedoras de tamanha estratagema. Para acometer esta campanha mediática orquestrada, os falsimedios nom tenhem reparos em denigrar a Solidariedade: “Personas -alguna que ni pertenece al colectivo universitario- entrando y saliendo por las ventanas del primer pisodestrozos de cristales y daños en diferentes estancias son algunas de las consecuencias de una acampada en favor de Palestina que incluso aquellos que la estimularon comienzan ahora a renegar” publicava um mentireiro. 

E entom, coma resposta diante tamanhas falsidades, jurde um grupo de docentes e trabalhadoras dessa facultade para tirar um seu Comunicado assinado, no que desmintem rotundamente as falsidades do Decanato e dos mentireiros:

Pola outra banda, é curiosa a atitude da equipa de governo da USC, co seu gerente, o nacionalista Xabier Ferreira, peticionário de voto para o BNG, no papel de fustigador de consciências e criminalizador do alunado solidário mão a mão co decano da facultade Marco Virgilio García Quintela.

E assim, entanto o BNG defende publicamente ao Povo Palestino na sua luita contra as agressons de Israel e sua lideresa, Ana Pontón, manifesta por repetidas vezes o seu posiçonamento do BNG pro Palestina; um dos seus valedores e peticionário de voto, criminaliza a solidariedade das estudantes fechadas sob argumentos do calibre de que “nom representam ninguém”, som um “bloque okupa” e que som “anarquistas, libertários, antisionistas, internacionalistas… Mas nenhuma com capacidade para exercer de vozeira e mediar”.

Estám afeitos, estes profissionais da política, a negociar coas partes implicadas num conflito e para elo acostumam a fazer reunions só com quem eles consideram as representates legais das estudantes. Mas caberia perguntar-se … Existe um conflito??

A resposta é que sim, e desde o mesmo momento em que o governo da USC e o decanato da facultade de História decidem que a acampada das solidárias amola-lhes muito desde que os estudantes nacionalistas de “Erguer” marcharam da mesma tras nom aceitar os compromisos acordados nas assembleias do Feche, e onde, entroutras coisas, acordou-se nom falar com a imprensa mentireira. Pouco depois de chegar a esses acordos, estudantes de Erguer faziam gala da sua total falha de compromiso cos acordos da assemblea e atendiam aos falsimedios nos corredores da facultade. Em consequência foram chamadas à atençom e foi entom quando as supostas solidárias de Erguer, coma viram que estavam em minória, decidiram liscar da Acampada porque nom eram quem de controlar a Assembleia. Algo muito habitual nas organizaçons satélites do BNG que, a semelhança de papá partido, é o que acostumam a fazer em todos os eidos onde o povo luita e nom tenhem a voz solista cantante.

O governo da USC pretende fazer crer à sociedade que ela cumprira com todas as petiçons das encirradas, mas isso é uma outra mentira das gordas:

O gerente reunira-se cos membros de Erguer em exclusiva atendendo ao seu carater de coletivo mais representativo do alunado no Claustro e outros chiringuinhos da USC. Mas se nom atenemos às eleiçons ao Claustro, de muita pouca representividade podem presumir. Nas últimas celebradas só houvo urnas para estudantes em 9 centros que nom superou o 15% em nenhum deles e com uma participaçom total de só 836 votantes dentre os 24 mil estudantes matriculadas com direito a voto. Nos demais Centros o número de elegíveis era igual ou minor à representaçom, é dizer, a imensa maioria dos cus que se sentam nas cadeiras de alunado no Claustro nom foram escolhidos por ninguém. Isso sim o Gerente considera legítima a representaçom das que liscaram da assembleia e nom a das que se mantenhem encirradas.

Os acordos entre Erguer e o governo da USC só se pode categorizar de paripé e papel molhado em quanto a que a USC mantém quanto menos 13 convénios con instituiçons israelitas que seguem em vigor, tal como denunciaram as acampadas.

Para rematar até agora com esta crónica, assinalar a desapariçom dos protestos estudantis por Palestina das bandeiras nacionalistas galegas, uma vez que na assembleia acordara-se que as únicas bandeiras a luzir seriam as palestinas, em boa lógica, e a diferência do habitual nos protestos das militontas de Erguer que exercem de representantes sem representaçom e que nom sabem protestar sem inundar todas as manis coas suas estreladas

O necionalismo dá assim monstras do que sempre fijo: Se há algum protesto que nom som quem de controlar e manejar ao seu jeito, desaparecem do mesmo e de imediato passam a tirar contra dele até que desapareça. Foi muito doado constatar que nos protestos das solidárias acampadas polas ruas de Compostela convocados pola assemblea nom há nenhuma estrelada presente, o qual por outra banda, é de agradecer.


PS 1.- Esta crónica vem de ser corregida tras a minha petiçom de revissom à uma pessoa envolvida no feche, desde aqui, muito obrigado.

PS 2.- Nestes dias tamém anda rulando um outro COMUNICADO DE APOIO AO PECHE NA FACULTADE DE HISTORIA DA USC EN APOIO AO POBO PALESTINO publicado e redatado desde os coletivos que formam parte de Compostela por Palestina e ao que tendes acesso para assinar acá