Racismo institucional e mediático no assassinato de Mame Mbaye

“Lo que va a decir la Policía ya lo sabemos, pero sí que había una persecución. Le siguieron desde la Puerta del Sol con motos y cuando llegó a la calle Oso, a varios kilómetros, se cae. Estaba un amigo con él y cuando intenta ayudarle, para meter los dedos en la boca para no morderse la lengua, la Policía lo empujó y le apartó. Los mismos policías se bajaron de la moto y lo empujaron y ahí se murió” Malick Gueye vozeiro do Sindicato de Manteros y Lateros de Madrid.

Foto de Byron Maher para o Sindicato de manteros y lateros de Madrid.

As palavras de Malick -que recolhem a versom dos compas que iam junto a Mame quando caeu na rua Oso de Lavapiés- danam a imagem duma alcaldesa que se di da nova política, deixam ver a verdadeira face da sua polícia e ferem a imagem hipócrita dum Estado que se di democrático, pero que obriga ás pessoas migrantes a viver sem direitos e na clandestinidade e a ser penalizadas e perseguidas por querer sobreviver; além de nom deixar em bo lugar a todas quantas seguimos permitindo que isto suceda e olhamos cara outro lado.

Pese a que as primeiras informaçons -segundo EFE de fontes policiais e Emergéncias Madrid– confirmavam que Mame ao percatar-se do control policial saira correndo e que uma vizinha relatara que os manteiros corriam diante de dois polícias municipais em moto e que um deles se desplomara na rua do Oso; em seguida a maquinária mediática e institucional começou a contra-arrestar e desmentir ditas informaçons negando que a morte de Mame tivera vinculaçom alguma com o control policial e que foi debida a uma sua deficiência cardiáca e dar po bô o postérior atestado policial que aponta a que Mame se atopava mal denantes morrer e que nom fora perseguido por nenhum agente e que até sete pessoas, entre elas o compa senegalés que o acompanhava (?), acudiram a comissaria e avalaram esta declaraçom .

De imediato os médias derom voz ao concelheiro irresponsável da polícia madrilenha, José Javier Barbero de Ahora Madrid que confirmava a versom de que a morte de Mame nom tinha relaçom coa redada policial e mesmo que os polícias municipais foram os primeiros em atender a Mame até a chegada do SAMUR e de imediato as televisons e jornais atopam vizinhas dispostas a corroborar a “única verdade”; tal qual nos tempos de Franco.

A voz das migrantes é negada polo Sistema racista e suas declaraçons som tomadas como mentira interesada e, entanto ardem as ruas do bairro de Lavapiés, nas televisons ponhem os focos nos distúrbios e buscam culpáveis da luita encendida em troques de pôr em questom a violência estrutural que vivem as pessas migrantes em situaçom irregular com uma Lei de Estrangeria —impugnada, incluso, em Bruselas— que as criminaliza; com a violência, o acoso e as mortes violentas nos CIES, tal como aponta o jornalista e ativista antirracista Moha Gerehou nas suas redes sociais.

“Esto no es nada nuevo. Hace años que sufrimos la persecución por parte de la policía”. “El acoso ya lo vivían nuestros abuelos con los colonialistas. Hace siglos que vivimos violencia en todo el mundo solo por ser negros”. Decalaraçons em El Salto de Laminé Sarr, senegalés e vendedor ambulante em Barcelona.

O colofom da manipulaçom informativa veu da mão dumas imagens reveladoras deste acoso e da violência estrutral; quando emitirom este vídeo que já rulava polas redes e nom se podia obviar:
O vozeiro do CSIF da polícia municipal de Madrid, Víctor Martínez, presente no plato de La Sexta soltou sem mais para tratar de justificar o injustificável: “son compañeros de la policía nacional, desconocemos de donde vine la situación, si hay una situación de riesgo, si ha enseñado un arma previamente…”

Pola contra Arona Diakhate rememora: “Estaba allí tranquilamente, me estaba preparando un cigarro. Llegaron los policías. Uno primero me empujó, y después me golpeó y me caí”. “Cuando la policía me levantó, eran tres o cuatro agentes, sentí que me recogían como si fuera un saco de basura“,
Diakhate confirma o que vemos todas graças ao vídeo e assegura que quando se desmoronou e estava no cham deram-lhe mais golpes. Crê que estivo a piques de perde-lo conhecemento e nom lembra com exatitude quanto tempo estivo lá tirado; sim lembra como uns outros agentes recolherom-no e levarom-no a uma comissaria, onde ficou sentado numa cadeira, sangrando. De ali foi deslocado ao hospital Jiménez Díaz. Assegura que seguem a doer-lhe cabeça, pescoço, peito e costelas.

O parte médico nom deixa lugar a dúvidas da brutalidade policial “quinze pontos na cabeça, duas contusóns. Traumatismo craneoencefálico, com hematomas internos“; ainda que agocha quem forom os autores da malheira ao dizer que “tem uma ferida na cabeça por um golpe com um objeto duro e desconhecido (!!)“. Desconhecido?? quere isso dizer que Arona foi abandonado em urgências? ou que a polícia nom dixo rem da sua autoria? Claro, é um negro…

E coa mesma seguem coa teima da busca de culpáveis entre as antisistema que se apontam a todo para gerar violência e apontam sem cesar o feito de que as detidas nos distúrbios som todas brancas e tratam de chamar á calma contra estes violentos. Pretendem coa mesma justificar a dor da comunidade senegalesa e dirigir as iras da povoaçom consumista desses falsimédios contra das violentas encarapuchadas para assim tratar de limpar a imagem dos copros repressivos.

Uma visom dos feitos acontecidos durante os protestos que nom concorda com o parecer do “Sindicato de Manteros y Lateros de Madrid” que, segundo seu vozeiro Malick Gueye, “es fruto del enfado y de la rabia de la gente, pero si la Policía no hubiera cargado esto no habría pasado. Pero cómo no protestar, si delante de nuestros ojos han matado a una persona. La prensa se va a centrar en la violencia y los disturbios, pero no creo que eso sea lo que más importe. La clave es la muerte de un hombre”

Nem é a visom de Stéphane M. Grueso, ativista em Filtrala e da Plataforma en Defensa de la Libertad de Información que reportou ao vivo alguns dos momentos mais tensos: “Ayer fue el detonante. Esto es fruto de una tensión previa de años que llevan viviendo estos trabajadores” e aclara “no solo había subsaharianos y manteros, no solo había jóvenes y antifascistas, había mucha gente del barrio, mucha gente muy enfadada, la gente gritaba desde los balcones”

E de tal maneira, entanto seguem buscando violentos quando os tenhem fronte seus espelhos, nada se conta da gentrificaçom da zona Centro de Madrid que motivou a Carmena a pôr em marcha, no vrao de 2016, seu “plan policial contra los manteros” que incrementa a violência estrutral contra das migrantes ás que proibem regularizar-se.

Plano policial do  ontem mesmo opinava o “Sindicato de manteros y lateros de Madrid” nas redes: “Las declaraciones del Ayuntamiento de Madrid, el supuesto ayuntamiento del “cambio”, sobre la actuación de la policía dejan claro que aprueban la violencia que sufrimos a diario los manteros en la calle, golpizas, persecución constante, redadas, insultos. Llevamos años presentando denuncias ante Javier Barbero y Marta Higueras y ante el defensor del pueblo. Hemos llevado pruebas, fotos de fracturas, heridas, partes médicos, hace meses un compañero fue atropellado por una furgoneta al ser empujado por un policía y no hacen nada. La policia hace lo que se le da la gana con nosotros frente a su impasividad. Favor difundir!!! Exijamos que el Ayuntamiento tome medidas ante la brutalidad policial, esto no puede seguir pasando. Queremos soluciones a nuestra situación no más represión y violencia”.

Remato fazéndo-me eco das palavras de Jesús Gómez Gutiérrez no seu artigo “Muerte de Ndiaye” publicado hoje mesmo em “Lo que somos”: “Los restos de esta noche hablan de ira y de cargas, si descontamos el pánico de las personas que intentaban entrar o salir de sus domicilios y se encontraron con un pequeño ejército de azules, que no son famosos por su contención (…). Lo que no cuentan esos restos, tan incómodos para la mirada pequeño burguesa, es el dolor de una familia de Senegal y de los amigos de un trabajador que llevaba más de una década en España sin haber conseguido los papeles. Mañana, que ya es hoy, Mbaye Ndiaye será noticia; luego, huelga decir que desaparecerá como si no hubiera existido, igualado en el borrón a las decenas de miles de muertos del Mediterráneo y a nuestro viejo récord de fosas comunes. Pero la ira no se va. La ira se queda”